Domingo, 24 de Fevereiro de 2008
Eu, pecadora me confesso!
Sofro de gula... imensa gula... seria feliz se passasse o dia inteiro a comer... já com 200 kg e a continuar no desassossego da comida! Mas não. Obrigo-me a resistir de forma a ter alguns prazeres do palato sem comprometer os dois dígitos na balança. Embora contrarie este pecado, a verdade é que ele existe dentro de mim e de que maneira!
A preguiça também me assalta de vez em quando. Sei que poderia fazer mais do que faço... mas não me apetece! Sei que há preguiçosos, bem mais preguiçosos que eu, mas devo dizer que quando a coisa me ataca, sou capaz de ficar numa astenia quase assustadora. E mais: consigo aliar os dois pecados de forma exemplar! Comer e dormir: muito bom!
Já muito se tem falado dos pecados mortais... pecados capitais... que nos lixam e de que maneira. Já se escreveram livros sobre o tema. Grandes filmes também já foram feitos. Porém, na vida real, vejo que existe pelo menos mais um pecado deste género que nos lixa e bem, e deixa os outros especialmente lixados. A honestidade...
A honestidade, em termos personalísticos, é muito mal vista nos dias que correm. É incomodativa. Causa transtorno. Provoca situações constrangedoras. É tramada para os cínicos. É insultuosa para os sonsos. É particularmente complicada para os hipócritas. E, consequentemente, bastante nefasta para os honestos.
Quando falo em honestidade, não me refiro necessariamente à praticada pelo Abe Lincoln que percorreu não sei quantos quilómetros para devolver uns quantos cêntimos enganados num troco. Falo da honestidade como pessoas. Da coerência e consistência. Da defesa de ideais. Da argumentação face às convicções. Da coragem da assunção.
No reino actual de sonsos e hipócritas a honestidade é um tremendo pecado. Da próxima vez que se faça um filme sobre o tema, proponho que “Eight” seja o título...
TNT
De
cigana a 26 de Fevereiro de 2008 às 20:16
Mas deixa-me que te diga que se jantasse muitas vezes contigo, quem chegava num instante aos 200 kg era eu!
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