Sábado, 8 de Março de 2008

Setôr? Tenho umas dúvidas...

Estou farta da conversa em torno dos professores... e agora apetece-me desabafar um bocadinho. Provavelmente vou ferir algumas susceptibilidades, mas o que seria da vida sem emoção?

Os professores têm um ministério a trabalhar para eles que lhes arranja e garante emprego até à idade da reforma. Eu não!

Os professores, para além do ministério garantido, têm ainda sindicatos que os protegem com unhas e dentes de toda e qualquer eventualidade, a não ser que se droguem na sala de aula ou abusem sexualmente dos alunos nas instalações escolares. Eu não!

E para completar o quadro, ainda têm associações formadas com o objectivo de os alertar para as injustiças a que são sujeitos. Eu não!

Os professores não querem ser avaliados da forma como o ministério entende. Não sei se já referi, mas é o dito ministério que lhes arranjou e lhes mantém o posto de trabalho.
Ah , ok... já tinha referido...
Não concordo com o sistema de avaliação. Acho que os professores devem ser sujeitos a auditorias exteriores exercidas por entidades privadas e sem a menor contemplação. Nada de graxas, nada de antiguidades. Apenas competência e mérito...
Hum, isto assim torna-se mais complicado, não é?

Todos nós passámos por professores desmotivadores que até nos convenceram que éramos maus naquela dita cadeira. Pois é... o Einstein também chumbou a matemática. Seria culpa dele ou do quadrúpede do professor?

Nunca trabalhei para o Estado e o único vínculo que tenho com esta entidade, é fiscal. Ou seja, pago os ordenados dos professores, e já agora também pago os dos polícias destacados para servirem de babás aos ditos. E dos que andaram a fazer interrogatórios manhosos nas escolas. Não há telefones ou mails? Não sabem que quem trata dos assuntos dos professores são os sindicatos? Eles têm, obviamente, mais que fazer... iam agora preocupar-se com essas coisas, quando têm um serviço de secretariado?

Que me lembre, nunca vi os professores satisfeitos com o ministério da altura. Os ministérios são sempre uns déspotas, uns fascistas, uns prepotentes. E os professores são sempre uns desgraçados, uns incompreendidos, umas vítimas do sistema.

Se calhar, se experimentassem trabalhar no sector privado sem ministérios a arranjar-lhes emprego mal saem da faculdade, sem sindicatos para os protegerem das horas a mais, e sem associações para os alertarem para os “síndromas calimeros”, talvez se dedicassem mais à causa.... que isto a vida não está para graças! E muito menos para perder sábados em manifestações.

Sábado, vou passá-lo a trabalhar. E nem quero pensar em sair de casa. Porque vou ter 40.000 inúteis a passearem-se nas ruas da minha cidade, vindos de todo o país, a entupir o trânsito, gritando palavras de ordem...

A meu ver falta-lhes brio profissional, espírito de missão e um valor essencial: gratidão. O emprego deve ser visto como um privilégio e não como um dado adquirido.
E meus caros “setôres”, quem está mal, muda-se! Nunca ouviram dizer...? (perguntem aos vossos colegas da disciplina de Português)

TNT
publicado por TNT às 01:03
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De Professorinha a 13 de Março de 2008 às 15:56
Na próxima encarnação não quero ser professora, quero ter a mesma profissão que você para ter tempo e dinheiro para andar a experimentar bons restaurantes como se vê no seu blog "Experimentamos". Ainda gostava de a ver numa manifestação para saber o que é que você defende como causa comum....
De TNT a 14 de Março de 2008 às 10:42
Coisa feia a inveja...
Talvez, se na próxima encarnação quiser trabalhar, possa ter a minha profissão. Porém, se é professora, acho que não iria gostar...
Sou freelancer, Só ganho se trabalhar. Trabalho sábados, domingos e dias santos. Não tenho férias. Não tenho subsídio de férias. Não tenho subsídio de Natal. Não tenho ADSE. Não tenho sindicato. Não tenho ministério para me arranjar trabalho. Se ficar doente, não tenho baixa.
Hum... não me parece mesmo que seja coisa para si. Na próxima encarnação, talvez seja melhor apostar em algo tipo... técnica numa repartição de finanças. É capaz de fazer mais o seu género.
E dificilmente me verá numa manifestação. Não sou dessas coisas. Não sou de me queixar. Quando estou insatisfeita tento fazer algo para mudar. Detesto queixinhas e vitimizações. Detesto inúteis e encostados.
A Professorinha, já que se sente tão injustiçada neste país, devia tentar emigrar... talvez abrisse esses olhinhos e desse graças ao seu deus por ter nascido em Portugal!
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