Tenho um amigo que tinha um blog onde escrevia as suas reflexões, desabafos, opiniões, pautado por algum sentido de humor e cariz algo provocatório. Passado um tempo, desistiu de escrever por dizer que já não lhe dava prazer, uma vez que tinha de medir sempre muito bem as palavras, pois as pessoas conhecidas achavam sempre que as missivas do blog tinham que ver com elas. Havia sempre alguém que se sentia atingido, reflectido e visado. Ele deixou de escrever durante mais de um ano e recomeçou recentemente após os ânimos terem acalmado e os espíritos mais inseguros terem sossegado.
Então não é que, subitamente (ou não), me começou a acontecer o mesmo? Não é que soube que algumas pessoas que conheço desataram a identificar-se e a rever-se nos meus textos e acham que estes não passam de provocações aos próprios?
É porque, de facto, não me conhecem. Porque, se me conhecessem, saberiam que eu não me escudo atrás de um blog. Quando tenho algo a dizer, digo! Nas circunstâncias que considero adequadas ou, então, escrevo directamente aos visados!
Quase todos os que me lêem aqui conhecem o meu outro blog que tem por objectivo abrir mentalidades de uma forma provocatória e humorística. Fala dos novos papéis da mulher e do homem, nesta nova era que vivemos. E não é que, pessoas de 60 anos se sentem visadas? Enfim... no mínimo ridiculo.
Julgo que as pessoas se dão muita importância... Acham sempre que, bem ou mal, estamos permanentemente a falar sobre elas. Ou julgam ter mais importância do que a que realmente têm ou, então, têm a mania da perseguição e passam a vida em teorias da conspiração. Olhem lá seriamente para as vossas vidas... Será que vêem algo divertido que possa ser retratado? Sinceramente? Acham mesmo que vale a pena alguém escrever alguma coisa acerca das vossas vidas?
Por favor, reduzam-se à vossa real insignificância... e se, por acaso, algum dia, tiverem algo de interessante a acontecer nas vossas vidas, não se esqueçam de me notificar e pode ser que, nessa altura, talvez, venham a ter a importância que imprimo aos casos que publico. Seja para o bem ou para o mal...
TNT
Nota: Post dedicado àqueles que julgam ser melhores do que são na verdade. Eles sabem quem são!! Hein, grande sorte terem sido falados!
Noutro dia, numa aula de escrita, ouvi uma observação muito curiosa.
O tema era o que as pessoas realmente gostavam de ler, a intriga e o volte-face.
E um dos exemplos dados foi o seguinte: “quando o Sócrates foi à Venezuela, nos jornais, só se lia que ele tinha fumado no avião. Ninguém quis saber nada sobre os acordos que ele foi lá fazer que, à partida, seriam muito mais benéficos para o país e para as pessoas...”
É verdade... triste, mas verdade!
Eu quero lá saber se o Sócrates fuma no avião, se tem namorada ou se está a fazer dieta! Interessa-me muito mais se ele me conseguir baixar o preço dos combustíveis lá com o seu amigo Chávez. Ou que consiga que empresas portuguesas entrem no mercado sul-americano. A mim, isso interessa muito mais.
As pessoas não querem saber se os nossos actos são benéficos. Só querem saber se estávamos bem vestidos, se sorrimos convenientemente ou se metemos o pé na poça. As pessoas dizem mal, porque gostam de dizer mal. E só isso interessa. Gostam de se queixar, mas não se esforçam por mudar. Querem apenas dizer mal e embirrar só porque sim! Têm cabeças pequenas e elas próprias são muito pequenas, quase insignificantes. Tão insignificantes, desinteressantes e mesquinhas, que precisam dos percalços dos outros para se sentirem melhores.
E, infelizmente, esta mentalidade imbecil prejudica-nos muito mais do que possamos supor. Põe em causa a nossa evolução. Não é à toa que passamos a vida “na cauda da Europa”. Não se pode culpar sempre as pessoas que estão à frente dos desígnios do país. Corruptos, existem em todos os países. Favorecimentos, em todas as autarquias de todo o mundo. Então, porque será que nós é que estamos sempre atrás?
Será que algum dia teremos a grandiosidade de assumir culpas? Ou será que nos achamos todos donos da razão e da moral, não abrindo nunca excepções?
A reflectir, se for caso disso...
Há uns anitos atrás, o JFK voltou-se para a população com a mensagem “Não perguntem o que o vosso país pode fazer por vós. Perguntem o que podem fazer pelo vosso país”. Apelou ao espírito de missão dos americanos. E eles corresponderam. Esqueceram que não podiam estar sempre a exigir, tinham também de dar sem que ninguém lhes tivesse de pedir. Depois, foi assassinado...
As crises - sejam elas sociais, económicas, financeiras ou de valores - deveriam servir para que as pessoas olhassem para dentro delas e pensassem: será que eu podia ser melhor? Será que há pessoas que, para além de mim, possam também ter razão?
Mas a mesquinhez das pessoas pequenas não nos deixa sequer o benefício da dúvida.
Espero que, pelo menos, consigam dormir descansadas...
TNT
intolerante
do Lat. intolerante
adj. e s. 2 gén.,
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