Em altura de balanços acho que devo fazer justiça a algumas pessoas da minha vida que se tornaram especialmente importantes ao longo deste ano.
Homens
Ao M., que sem nada me dizer, tudo me disse ao ajudar-me em tudo. Sei que posso sempre contar com o seu silêncio e enorme vontade de me ver bem. Obrigada.
Ao G., que até saiu da sua concha para estar comigo. Sei o quanto lhe custou e estou eternamente agradecida.
Ao P., que me conhece há mais de 30 anos e nem conseguia acreditar que algum dia me veria assim. Teve primeiro de assimilar o que viu e depois explicou-me que eu era maior que tudo isso e que jamais me deixaria cair. Está a milhares de kms de distância e ainda assim não se esquece de mim. Thanks, my precious and insane friend.
Mulheres
À A., que, mesmo longe, esteve comigo a ajudar-me sabendo que eu estava como nem sabia ser possível. Que se desdobrou para saber como se bloqueava um site que eu teimava que me atormentasse. E conseguiu. E com isso, me fez recuperar mais do que se possa imaginar. Muito obrigada pela ajuda.
À C., que passou tardes comigo a consolar-me do que não havia consolo. Que me abanou para eu acordar. Que me fez ver que há coisas que embora pareçam horríveis, podem ser o melhor que nos pode acontecer na vida. Muito obrigada por tudo.
À S., que me trazia sopinhas e livros. Que me falava da fraqueza dos outros que não me mereciam. Que ainda bem que tudo tinha acontecido mais cedo e não mais tarde. Que me tinha livrado de boa. Porque tudo soava a falso ou a fraco. E que eu não precisava disso na minha vida. Obrigada pela pessoa que és.
À X., que sem grandes floreados, mas com o seu sentido prático e louco, me conseguiu fazer rir no meio de uma enorme tristeza, ao sacar de um martelo e de uma chave de parafusos e com mestria de arquitecta, abriu e desfez um sonho que afinal era só meu. Muito obrigada miúda.
À B., que com o seu coração maior que a sua altura de 1,80m me fez ver que eu era maior que a tristeza e que merecia melhor. Que eu sempre tinha sido o apoio para todos e que escusava de continuar a ser a Super-Mulher e que agora era altura de os outros estarem lá para mim. Muito obrigada B.
E finalmente à T.
A T. que se destacou pela sua enorme bondade e vontade de me ver bem. Por vezes, acho até que ela ficou mais infeliz que eu por me ver naquele desespero. Que tudo fez para que tudo se recompusesse e quando viu que já não era possível, tudo tem feito para me elevar ao meu estado normal. Falou com todos os que me podiam ajudar e sei como lhe foi difícil algumas vezes. Que com a sua sensatez me explicou onde eu estava errada. Que com o seu sentido de justiça me disse que também ela se sentiu traída e enganada. E que eu não estava e não estou sozinha na minha dor e que dos fracos não reza a história. Ela foi e é a amiga que todos deveríamos ter a honra e o privilégio de ter. Muito obrigada.
Sou uma sortuda por ter amigos assim.
Mas têm de convir que também têm uma sorte do caraças por eu existir nas vossas vidas!
TNT
Bem que ouço falar da crise!
Bem que vejo todos os dias na Sic Notícias, economistas de renome a falarem de recessão.
Bem que leio aqui no éter sobre a malfadada crise.
Eh pá... mas saio à rua e não vejo nada disso! Serei eu que estou a ver o mundo ao contrário ou a crise não entrou nos lares dos portugueses?
Entre dia 1 e 25 de Dezembro foram levantados das caixas multibanco portuguesas uma média de 7 milhões de euros por hora! Sete milhões?? Por hora?? Está tudo doido?
Os voos para o Brasil, Caraíbas, Cabo Verde e Funchal esgotaram, bem como os hotéis, nestas férias de Natal. Os agentes de viagens estavam radiantes com o crescimento relativo ao ano passado. Pudera! Numa altura de crise anunciada, trocaram-lhes as voltas para melhor! Há sempre que contar com a inconsciência portuguesa...
Oh meus amigos... será que só eu é que tenho visto e ouvido as notícias sobre a recessão que se avizinha em 2009? Será que ninguém vê o que se está a passar nos EUA, a maior economia do mundo? Será que ninguém pensa numa poupançazita, não vá o diabo tecê-las? Ou será que os portugueses insistem em pedir empréstimos às cofidis desta terra para irem numas “férias merecidas” passar o fim-de-ano ao ritmo do samba?
Sei que os portugueses se queixam, pois vejo-os nas reportagens nos centros comerciais cheios de sacos de compras. A comprarem alarvemente e a queixarem-se... Sim, vi. Ninguém mais viu isto? Serei eu a única a ter tv, rádio, Internet e jornais?
O que é que se passa neste país inundado de novos-ricos que depois só comem sandes e latas de atum em casa? Mas têm grandes carros e andam com eles. E passam grandes férias no período de Natal. E oferecem grandes presentes aos miúdos para mostrar aos outros que estão bem na vida. Será que não percebem que os putos pequenos se estão completamente a borrifar se as calças são do Continente ou do Tommy? Se o casaco é do Feira Nova ou da Gant? Estão-se nas tintas! Já os paizinhos...
Este Natal gastei 1/5 do que gastei no ano passado em presentes. Achei que as pessoas iam perceber. Felizmente, as pessoas à minha volta perceberam. Não vejo é o povinho que se queixa diariamente, de médicos a professores, de pilotos a funcionários públicos, a gastarem menos do que no ano passado. Vejo-os a gastarem à parva e a queixarem-se. É o que vejo...
Mais uma vez pergunto... está tudo doido??
TNT
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