Por razões pessoais, esta é uma altura do ano particularmente difícil para mim. É assim todos os anos e há mais do que gosto de me lembrar. A meio de Fevereiro entro em espiral descendente e só consigo escalar lá para meados de Março.
Este ano, as coisas estavam diferentes. Pareciam mais animadas. Parecia mesmo que não ia entrar em parafuso. Mas enganei-me... há sempre uns queridos e umas queridas que me lembram que ainda não chegou o tempo de conseguir passar esta temporada de forma, se não feliz, pelo menos tranquila.
Provavelmente, os egoísmos acontecem durante todo o ano. Provavelmente, é nesta altura que os sinto mais profundamente. Provavelmente, as pessoas são sempre mesquinhas e agarradas aos seus próprios interesses. Provavelmente, nos restantes onze meses do ano não lhes ligo nenhuma.
Por agora... deixem-me em paz. A sério! Têm cerca de 335 diazinhos para me darem cabo da vida, anualmente. Peço umas tréguas nesta altura, pode ser? Que venham os capacetes azuis! Obama, by all means, save me from this mob!
TNT
"Tu é que tens a mania que és cool… na verdade és hot as chilli!"
Ora aqui está uma frase que me disseram hoje e que dificilmente esquecerei. O tema era sentimentos, emoções e a sua exposição.
TNT
Os fins são tristes, mas libertadores.
Resolvem muitas coisas, dão-nos ímpetos desconhecidos e conduzem-nos a descobertas ímpares. Quanto mais difícil o fim, mais fácil será o princípio seguinte.
Os fins não nos afastam. Aproximam-nos de nós próprios. Alimentam-nos a alma quando esta está, afinal, vazia. Os fins podem ser apenas fins da desgraça. Princípios de alegrias. Mas são sempre tristes. Sempre difíceis. Muitas vezes inesperados. E outras vezes imerecidos...
TNT
Estou cansada. Tenho as pálpebras pesadíssimas a quererem cair. Mas não as posso deixar cair. Aparecem logo umas imagens pouco próprias para uma donzela imaculada. Entram sem pedir licença, as grandes doidas. Que me fazem respirar fundo. E suspirar ainda mais fundo.
Vejo-te a olhar para mim com ar extasiado. E vejo-me ali a querer que nada daquilo acabasse. Vejo-me a medir o tempo descontrolado. E depois deixo de ver. Fica só o sentir. E é aqui que as coisas se complicam. Os lábios teimam em ficar dormentes, a respiração mais difícil e o sangue passa pelas veias mais espesso do que o costume. O ar é tramado. Faz falta, embora não o queira ali a interromper. Ok, a coisa complicou-se mais. Já não quero saber do tempo. Nem de nada. Só quero que este momento não desapareça.
Cheia de calor por dentro e por fora e a sentir o teu. A tua pele… ai, ai, a tua pele. Havia muito para falar sobre os benefícios da tua pele. O toque. O cheiro. Mas não posso. Estou a trabalhar, a coisa pode descambar e isto é um open space!
TNT
Gosto muito destes congressos, perdão, convenções de partidos. São sempre uma animação, pejados de surpresas mais ou menos esperadas. Um verdadeiro bálsamo para um fim-de-semana de ressaca.
Caso 1 - Joaninha voa, voa...
Oh Joaninha, então a menina não sabe que não se pode ter sequer desejos secretos de maior visibilidade que o líder máximo, perdão, coordenador? Que a menina seja podre de boa e fique muito bem na tv, ninguém pode negar. Mas a sede de protagonismo é capaz de a ter lixado. Se a sua perspicácia de bota da tropa fosse equivalente à sua beleza talvez não tivesse de ser corrida. Assim é uma maçada... Vai aparecer muito menos, o que é uma pena. Que eu acho que a Joana fica bem em qualquer lado, desde que não fale muito. Uns sorrisinhos e uns olhares pestanudos são mais do que suficientes para pôr uma sala a salivar. O excesso não fica bem a ninguém.
Caso 2 - A mascote
O Gil Garcia... Ah, o Gil Garcia. Até gostava de o ter lá em casa com um remote control. Para me fazer rir, de vez em quando. Com um botão de on e off para poder ligar e desligar sempre que quisesse. Porque o humor é tão flagrante que pode cansar os abdominais. Com certeza que o Gil era aquele que fazia rir toda a gente no liceu, não era? Como é que eu hei-de dizer isto, caro Gil, sem ser assim muito a seco? Já sei... O Gil é completamente passado dos carretos! Então acha normal dizer que um partido com tantos pergaminhos democráticos tem problemas com democracias internas? Que um partido que luta pela indiscriminação é, afinal, discriminatório? Eu, se fosse a si, fazia uma plástica e emigrava. Mas veja lá para onde emigra. Nada de locais tão democráticos como o seu partido! Nada de Coreia do Norte, nada de Irão, e nem sequer se atreva a chegar-se a Gaza. É que mesmo com uma plástica nem toda a gente é tão doida como o senhor. E poderá ser rapidamente reconhecido pelo seu discurso desconcertante. Como no caso 1, recomendo-lhe vivamente que fique caladinho. Mas, pelo sim pelo não, da plástica não deveria prescindir.
Caso 3 - Francisco (Jong Il) Louçã
Ai, as cabalas. Ai, o Darwin.
Querer comparar o BE a Darwin ou a Huxley já é um exagero, não lhe parece? Já é um insulto, não acha? Para poder dizer estas coisas ao país o menino já devia ter feito alguma coisa na vida, não? Que isto do contra-poder é muito giro e muito confortável, mas fazer que é bom, é o fazes!
O discurso salpicadíssimo de citações. O tom coloquial. Mas caro Chico... daí até chegar às solas dos sapatos de Obama ainda vai um longo caminho. Talvez ainda tenha de nascer mais umas três ou quatro vezes. Não pagamos, não pagamos? Ai pagam, pagam!
Pois é, caro Chico, os seus colegas ainda me fazem rir. O senhor, nem isso consegue. Talvez me dê apenas alguma azia. Pois, acho que é isso... azia.
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Retiro o que disse. Afinal fez-me rir. Ao dizer que para o país se desenvolver é preciso diminuir a carga horária laboral para 35 horas semanais e aumentar as regalias dos trabalhadores. Um sentido de humor tortuoso, mas...
TNT
Num jantar de amigos fala-se de promiscuidade. Aparentemente, cada pessoa tem a sua noção de promiscuidade, conforme os seus interesses. Na minha acepção, ser promíscuo é ser-se indefinido, incerto, misturar tudo e não decidir nada. É agradar a gregos e a troianos e fazer pactos com deus e com o diabo. É dizer-se de esquerda e votar à direita, é ser-se filiado no CDS e conselheiro de Francisco Louçã. É ter duas, três, quatro pessoas ao mesmo tempo, é saber gerir uma agenda de conflito com mestria de MBA. É ser-se católico praticante e adúltero. É caminhar de A para B e de B para A, fazendo algumas visitas guiadas ao resto do abecedário, incluindo o K, W e Y. E voltar para A. E depois para Z.
“És uma falsa promíscua” – diz-me o único homem presente na mesa.
Enganam-se. Não sou sequer promíscua. Não tenho coração nem estômago para isso. Sou observadora, estratega, caçadora e temerária. Faço o que digo. Digo o que faço.
Sou uma desbocada. Sou, talvez, doida. E não sou moralista. Não faço juízos. Não critico. Sou (quem sabe?) insustentavelmente leve.
TNT
Ao passear pelas redes sociais deste mundo virtual, verifico que as pessoas mostram os álbuns de família sem quaisquer pudores ou receios.
Da criancinha no bacio, à criancinha junto da escola devidamente identificada, da criancinha à porta de casa dos avós até à criancinha na praia de férias com a família, todos estes pormenores podem ser utilizados por mentes menos bem-intencionadas.
Sei que as pessoas têm imensa necessidade de se mostrarem. Imensa necessidade de protagonismo. Mas será que não podem reservar esse protagonismo para si próprias e deixarem as criancinhas em paz? Quando as ditas crianças crescerem logo decidirão se querem expor-se ao mundo inteiro. E, principalmente, quando já tiverem idade e físico para fugirem ou pregarem um par de murraças a quem as tente assediar.
Vejo grandes preocupações entre os pais, tios, avós em protegerem os petizes das suas famílias. “Não fales com A ou B, não aceites coisas de estranhos, vou buscar-te à escola às 16H00 em ponto, mas, entretanto, se não te importas, pespeguei uma foto tua na minha página na net com a legenda ‘Praia das Maçãs – as eternas férias em família’ a que podem aceder milhões de pessoas, algumas delas pedófilas. Não há problema, pois não?”.
Alguém me explica?
TNT
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