Comecem a comprar latas de atum e garrafões de água!
Sabemos que estamos perto do fim, quando ouvimos o Sr. Pinto da Costa a exigir que alguém investigue a corrupção no futebol português...
Nesta época festiva em que, supostamente, devemos ser mais solidários, tolerantes, compreensivos, acaba por ser a altura do ano em que fico mais irritada com (quase) toda a gente que me rodeia. Apenas, suponho eu, porque há mais gente a pairar no mesmo espaço que o costume.
Sabem aqueles que nos centros comerciais ao subirem ou descerem as escadas rolantes ficam animadamente ou com ar de bois a olhar para palácio especados à saída das ditas? E o resto das pessoas – que não lhes devem interessar para nada – ficam ali a tentar sair desesperadamente do raio das escadas a recuar em cadência, simplesmente porque as bestas da frente decidiram ficar a pensar na vida à saída de um mecanismo que não pára… Aquilo não pára, sabiam??
Ou aqueles, que na fila da caixa do supermercado avançam logo e ainda não acabámos a nossa função (ingrata) de pagar? Quando a menina nos diz quanto é a dolorosa, lá têm de recuar com os carros todos e as crianças empoleiradas aos gritos para nós podermos proceder ao “verde-código-verde”. Será que eles não pagam e por isso não conhecem as regras?
E ainda aqueles que se arrogam de mais direitos que os outros em épocas natalícias – vai na volta ainda são parentes afastados do JC ou do S. Nicolau – e passam à frente de toda a gente só porque têm o gelado ao lume ou um urso polar no quintal?
Noutro dia, no Corte Inglés, estava na fila da recepção do supermercado para deixar umas coisas. Estava uma senhora a ser atendida há horas e a fila adensava-se. Aparentemente, o saco que ela tinha deixado lá no bengaleiro tinha desaparecido. Já toda a gente estava com um ar desconfiado a pensar duas vezes se deveria deixar os bens preciosos como o chapéu-de-chuva neste serviço, quando a dita senhora começa a dizer que eles tinham de lhe pagar a dita gabardine que ela tinha comprado, bem como o transporte para casa, uma vez que já ia perder o comboio ou lá o que era. Toda a gente achava que a senhora estava coberta de razão. Eis senão quando, a menina que estava já com um stress desgraçado, perguntou-lhe quando é que a senhora tinha deixado lá as coisas. Resposta: Há cerca de um mês atrás!
- Eh pá, faz-te à vida e deixa-me passar à frente, ó minha grandessíssima tecla 3! – não disse, mas fiquei cheia de vontade. Pelo sim, pelo não, passei-lhe à frente.
E pronto, lá se vai a solidariedade, compreensão e tolerância, valores tão bonitos, (principalmente) em época festiva…
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