Irrita-me solenemente a carneirada em que este Portugal se tornou. Se há alguém que diz alguma coisa, o povinho tende a ir todo atrás.
Há uns dias, enviaram-me uma “causa” para eu aderir no Facebook. A "causa" era política e fui verificar os contornos da dita. Vi quem já tinha assinado e que, por este motivo, assumo que estivessem de acordo. Ao ler os pontos que justificavam tamanha e ilustre adesão, dou por mim a pensar que estaria a ser mais loira que o costume, pois estava plenamente convencida que as coisas não se tinham passado assim. Como não sou propriamente uma expert política, vá de pesquisar pela net fora para ver se era eu que estava enganada. Depois de várias voltas, vi que era a tal “causa” que partia de premissas erradas.
Com pinças e subtileza que, de resto, são meu apanágio, decidi confrontar o autor da “causa” e perguntar-lhe afinal o que é que o caso Moderna tinha que ver com o Sócrates. Se bem me lembrava, o caso Moderna tinha um político envolvido, sim senhor, mas não era o senhor do Freeport.
O autor lá me deu razão, agradeceu a chamada de atenção e corrigiu o erro. O que me baralhou foi ver a quantidade de ilustres jornalistas e experts políticos da nossa praça que tinham aderido a uma causa falsa e ninguém tinha dado pelo erro gritante. Ou seja, o nosso jornalismo e análise política está nas mãos de umas “marias-que-vão-com-as-outras” e que se insurgem contra as coisas, sem sequer se darem ao trabalho de ler/pesquisar/verificar o que lhes é dado a saber numa rede social com milhões de utilizadores. E isto preocupa-me…
Que haja tretas na blogosfera, ainda como. Que haja jornalistas que vão nestas tretas, é que já não quero comer. E com esta dieta me fico!
TNT
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