Alguns iluminados da nossa praça têm manifestado um prazer quase suspeito em relação à mais nova rede social do Google. Se sempre achei que a masturbação era um acto solitário, começo a ponderar mudar a minha opinião. Aparentemente, o G+ tem servido de masturbatório colectivo para aqueles que, em grupos muito restritos, falam de assuntos muito seus.
Gostam do G+ por ser aberto, livre e não compartimentado. Falam de uma liberdade desejada, porém, curiosamente, fecham-se em círculos. Ou em copas. Gostam porque não tem ‘povo’, não tem jogos, não tem desabafos. Ainda bem que gostam. Já os senhores do Google, que investiram pipas de massa nesta rede, não devem achar tanta graça. Suponho que se faz uma rede para se ter o maior número possível de utilizadores. Digo eu, que sou loira. Uma rede como o G+, que sirva só para meia dúzia de iluminados, parece-me um desperdício de recursos. Não creio que tenha sido essa a intenção.
Comparar o Facebook com o G+ é como comparar um concerto dos Xutos a uma ‘instalação’ na Gulbenkian. Ambos são bons à sua maneira, mas ao primeiro vão os avós, os pais, os filhos e os netos. À segunda vão três pessoas. Provavelmente, todas da mesma idade, com os mesmos gostos, vestidas da mesma maneira e com frases feitas todas iguais.
Se no Twitter vivem os chamados líderes de opinião – políticos, jornalistas, bloggers – no G+ começam a viver os geeks. Ou wannabes. Não posso afirmar com convicção o grau de geekness de cada um, uma vez que tenho a entrada vedada ao masturbatório. Mas como os vejo e oiço (e me maço) todos os dias ao vivo e a cores, tenho cá as minhas suspeitas sobre o tipo de partilhas.
Ainda bem que o Google investiu algumas centenas de milhares de dólares para estes garotos poderem conversar uns com os outros. Também têm direito à vida. Mesmo que grande parte deles não saiba sequer o que é esta coisa da ‘vida’.
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