Segunda-feira, 12 de Novembro de 2007

Uma declaração de Amor...

Achei genial esta declaração, pedi permissão e decidi publicá-la para nosso deleite!
Espero que gostem tanto quanto eu gostei!


- Pessoal! Pessoal! 226 DIAS!!!!
- Hein?!?
- Que se passa? Mas o que vem a ser esta algazarra?!?
- 226 DIAS!
- Mas porque é que ele corre assim de um lado para o outro?!?
- Acho que ele está a dizer que são 226 dias... Não percebi bem...
 
Entretanto lá em cima...
- Como vão os preparativos para a comemoração dos 226 dias?
- Bom dia Dom Céfalo. As células de todos os cantos pretendem homenagear o corpo por ter encontrado o encaixe perfeito, como sabe...
- Sim... adiante!
- ...e por isso vamos ter uma série de acontecimentos que têm o intuito de dar muitos beijos e abraços ao corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
-...agoirar... ok ok... Avança! Gosto dessa parte dos beijos e dos abraços...
- Ehehehe... Todos gostamos... Aliás o Sr.Coração fica...
- Quero lá saber disso! - Irritado com a referência ao coração, o seu arqui-rival!
- Desculpe... o Estômago já está a reunir algumas células-borboleta para criar aquele efeitos efervescentes, o Sr. Fígado anda a produzir mais açúcares para adocicar o sangue... já se sabe!
- Sangue doce e células-borboleta.... e mais?
- Estamos a tentar falar com a Sra. D. Pele para ver se fica cheirosa e macia... Andamos em negociações...
- Bom... Parece-me bem... E o outro o que vai fazer?
- O Sr.Coração?
- Sim... esse!
- Acho que vai bater mais forte...
- Também não sabe fazer mais nada!?!?
- Mas acho que vai ser mais forte ainda...
- Mas isso é assim há 226 dias!
- Pois... Ele diz que tem andado a bombear sangue com fartura desde que o Corpo encontrou o corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
-...agoirar! Já sei...Ok
- É tudo?
- Sim... Passa a palavra que vou clarificar ideias até ao Encontro...
- Para estar fresquinho mais logo?
- Claro... queremos o corpo lúcido! Para deixar louco de prazer o corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
- ...agoirar! eheheh...

(...)

- Dom Céfalo!
- Mas eu não disse que não queria ser incomodado até ao Encontro...?
- Sim... Desculpe... Mas precisa de saber isto! Várias células-pipoca estão aos saltos em frente à Embaixada da Ansiedade a reivindicar atenção por causa dos 226 dias!
- Bolas... para essas células! Mas que mais reivindicam?
- Acima de tudo... Atenção!
- Mas temos de esperar pelo Encontro do corpo-que-nós-sabemos-mas-que-nunca-dizemos-para-não...
- ...agoirar! Mas são células-pipoca... Sabem lá elas esperar!
- Vamos ter um dia agitado? É isso!
- Todos os dias têm sido celebrações... como sabe!
- Pois...
- Mandem abrir a Embaixada!

Enviado por Precious
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Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007

Tem troco?

As relações são mercantilistas e vivem das trocas.
Das trocas de afecto, de dedicação, de atenção, de dinheiro, de orgulho, de tempo, e de tantas outras coisas e coisinhas que todos os dias nos assolam.

Dizia-me uma amiga, a propósito da ingratidão, que tudo fez por um irmão e que ele – que é um animal, diga-se de passagem! – disse que não precisava dela para nada, etc. Enfim... família a gente não escolhe, mas felizmente podemos escolher todas as outras pessoas que nos rodeiam. Das amizades aos amores, creio que temos de ser criteriosos, selectivos e cuidadosos nas nossas escolhas.

Senão, vejamos...
Em tempos, um rapaz muito criativo (leia-se preguiçoso) passava a vida a tentar criar um objecto de entretenimento e por isso não poderia trabalhar porque tinha de estar completamente focado na coisa. A namorada, compreensiva (leia-se tonta) com esta situação temporária, sustentava todos os caprichos da criatura, não fosse a privação de algo, toldar-lhe o génio e a visão. Quando ela percebeu que ele afinal era um grandessíssimo oportunista e preguiçoso, cortou-lhe as vazas. A partir daí, ela passou a ser uma megera nas conversas dele com os amigos. Há que referir que esta mama durou quase um ano... Uma megera, de facto!

Outro rapaz, com namorada fixa, decide comprar uma casa, contando que ela fosse para lá viver e assim partilharem o espaço e respectivas despesas. A rapariga, que era ainda uma miúda, pressentindo o perigo do compromisso que teria de assumir, pôs-se a léguas e o rapazinho acabou por ficar agarrado... mas não por muito tempo. Em breve, arranjaria outra namorada – esta com casa própria – e tratou logo de despachar a casa anterior. E agora pensamos nós: obviamente que passou a rachar as despesas com a namorada recente... Deves! O condomínio começou a ser-lhe um fardo depois de ela muito insistir – e chatearem-se – em que ele teria de participar em algumas responsabilidades financeiras. Entretanto, esta relação acabou e ele já arranjou outra rapariga com casa própria. Novos cenários, mesma atitude...

Há pessoas que só dão e outras que só recebem. É a simbiose perfeita até alguém se aperceber que as coisas já passaram os limites e que também precisam de receber um bocadinho. E quando acordam, invariavelmente vêem que foram abusados e ficam com um travo amargo na garganta. Uma coisa é simbiose, outra muito diferente, é parasitismo! Fazem ambas parte do rol de relações, mas distinguem-se de forma peremptória e assustadora!

O ideal será darmos tudo o que pudermos, sabendo que a outra pessoa está com o mesmo espírito de dádiva e partilha. Lógico que nem sempre temos disponibilidade para darmos tudo o que gostaríamos – desde afectos a tempo, de dinheiro a dedicação – mas têm de ser fases de vida, e não sistema de vida.

Porque quem dá, também gosta de receber. E quem recebe, deveria experimentar dar.
Às vezes, sabe mesmo bem!

TNT
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Sábado, 13 de Outubro de 2007

O Brilho

Nos meus tempos de Madrid, acabei por conhecer algumas pessoas fantásticas – portuguesas, claro! – que tornaram menos penosa aquela estadia no país aqui do lado. A I. – minha companheira de hotel, trabalho, aventura e muito boa disposição - tinha uma história absolutamente transcendente de amor. Toda ela brilhava quando falava do seu mais-que-tudo que tinha ficado em Portugal. Ela cintilava, a pele dela irradiava felicidade, e eu, punha-me muitas vezes a pensar, o quão boa poderia ser aquela sensação e o que seria preciso para conseguir aquilo.

Que as pessoas brilham com momentos de felicidade ou porque o seu interior é próprio de uma estrela, isso já tinha visto. Agora, uma pessoa iluminar-se por dentro e por fora sempre que fala de outra, foi a primeira vez que assisti. E confesso que assistia deleitada, não tanto às histórias que ela contava, mas acima de tudo, à forma como as contava.

Não há cremes nem plásticas capazes de dar aquele brilho. Aquele brilho – acredito piamente – só assiste a algumas pessoas. A alguns que se permitem amar sem restrições e que põem essa felicidade acima de tudo.

Às vezes gostava de ser capaz... só para experimentar... só para saber como é...

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Quinta-feira, 12 de Julho de 2007

Não Sou o Único

Tenho tido muita sorte com os homens que têm passado pela minha vida!
 
Como já referi outras vezes noutros posts e noutros blogs, tenho tendência para escolher sempre pessoas talentosas, fantásticas, com um sentido de humor fora do comum, com uma infinita paciência para aturarem as minhas loucuras, inconstâncias, oscilações de humor e com uma capacidade enorme de me amarem, muitas vezes sem o retorno que mereciam.
 
Mas eu sou assim e eles sabem que sou e se calhar é por isso que me acham mais graça!
 
Houve um que me aturou mais tempo que os outros, que teve mais capacidade para levar com a minha frieza durante mais tempo e por isso tem obviamente de ocupar um lugar especial na minha vida e no meu coração.
Hoje em dia somos amigos especiais, não confidenciamos certas coisas como os nossos engates, aventuras, paixões e amores, porque não cai bem. Confidenciamos outras mais ou menos importantes, conforme os pontos de vista. Eu sei que sou importante para ele e ele sabe que é importante para mim e isso chega-nos.
 
Tenho falado da minha vida privada várias vezes sem aflorar nada de muito privado. Para mim é mais privado falar daquele olhar ou daquela música, do que propriamente falar de uma noite de sexo desvairado. Cada um tem a sua noção do que é importante e privado.
 
Ontem foi o lançamento da biografia do Zé Pedro na qual eu tive o máximo prazer em participar e agradeço e congratulo desde já a minha “cunhadinha” a escolha tão cuidada dos pormenores. Vejo no entanto que mais uma vez não consegui falar da história que vivemos. Consigo falar das nossas noites de loucura, dos copos, mas nunca, jamais, conseguirei falar da nossa cumplicidade, dos sorrisos idiotas e do enorme orgulho que temos um no outro.
 
É demais para pôr em livro! São pormenores que ficam só para nós e para quem partilhou a nossa vida em comum que durou, como costumo dizer, cinco anos oficiais e mais dez, oficiosos.
 
Leiam o livro que vale a pena conhecer alguns pormenores de uma vida de uma pessoa fantástica com quem eu tive o privilégio de partilhar algum tempo.
 

“Não sou o Único” de Helena Reis, Editora Presença

 

TNT

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Sexta-feira, 27 de Abril de 2007

Reality check!

Sou sincera demais. Já percebi isso. Já cheguei a essa conclusão há anos atrás. Mas tenho muitas dificuldade em deixar de ser. E acreditem que já tive mil e uma provas que deveria ser mais contida, mais enigmática, mais misteriosa e mais mentirosa. Mas a coisa para mim não é fácil.

Embora eu pespegue com a informação que considero necessária, quiçá mais do que necessária, aos homens que me rodeiam, eles nunca sabem o que hão-de fazer com ela. Não sei se por ser demais, se por ser demasiado diferente, se por eles acharem que só estou a armar aos cucos e que afinal sou uma sonsa acabada de sair das berças, não sei. Só sei é que digo, que explico, que exponho e nada é apreendido.

Porque eu digo que sou fria e distante. E isto não é apenas uma frase para causar qualquer tipo de impacto junto a um grupinho de góticos pálidos. Eu sou realmente fria e distante! Porque eu tenho sempre muitas solicitações. Eu não digo isto para acharem que sou a maior e toda a gente me quer e tal e tal. A minha vida é um desassossego permanente cheia de acontecimentos e gente all over. E finalmente que vivo rodeada de homens. Acham que digo isto porque me dá um ar irreverente. Fashion. Mas depois a crua realidade é mais dura do que se poderia supor!

O que fazer nestas situações? Dizer menos? Não dizer de todo? Esperar que as pessoas apreendam os meus estados de alma e que vão batendo com a cabeça nas paredes até aprenderem? Não sou adepta desse método. Se existem instrumentos que facilitam a aprendizagem, porque não usá-los?

Se com briefings, as coisas já são difíceis, imaginem o que seria levarem com o impacto da surpresa!

Check, please!

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Segunda-feira, 16 de Abril de 2007

Uma História de Amor...

(resposta a um desafio interessante...)

- Pode arranjar-me um upgrade? É que não me ajeito a comer de pauzinhos...
- Não me digas que ainda não aprendeste? Oh Ana... tão moderna tão sofisticada e é isto...!
- Não aprendi nem aprendo! Quero lá saber disso... e depois já tenho pauzinhos na minha vida que cheguem!
- És uma louca e nunca te ficas. Por essas e por outras é que gosto tanto de ti...
- Oh Zé Pedro, sabes bem que tenho umas mãos que parecem uns pés, não tenho jeito nenhum para “lavores”. Foste tu que me ensinaste a fazer laços direitos, lembras-te?
- Claro que me lembro, nem queria acreditar... eras mesmo pequenina. Tão querida, tão gira, tão esperta e viva e tão ingénua e ávida ao mesmo tempo... E eu, dei cabo de ti, estraguei-te, dei-te cabo da vida...
- Não deste nada, deixa-te disso. O que fizeste foi esclarecer-me. Foi abrir-me os olhos logo cedo. Assim poupaste-me a bastantes dissabores, acredita, e quem sabe a alguns divórcios! Fizeste-me ver que o amor é bom, desde que não se ame. Mostraste-me que a desilusão é sempre grande quando se espera muito. Não vejo nada de mal nisto...
- Sim, mas nunca mais amaste... nunca mais te deste...
- Ok, é verdade, mas isso não é necessariamente mau. É verdade que depois de ti, construí um bloco de gelo à volta do músculo cardíaco. Indestrutível até hoje, mas...
- ...mas isso é muito mau, não percebes? Eu cortei uma parte da tua vida que tu devias ter vivido na plenitude.
- Para amor, chegou-me o teu. Foste o meu príncipe. Não encantado, porque não acredito em contos de fadas. Mas um príncipe, na mesma...
- Então porque é que nunca quiseste casar comigo??
- Porque gostavas demasiado de mim... e porque gostava demasiado de ti...
- Desculpa?? Não percebo!...
- Eu sei que não percebes. Gostavas demasiado de mim para perceber. Tu sempre disseste que eu te ia deixar. Quanto mais não fosse, por causa da nossa diferença de idades. E talvez tivesses razão. Ou talvez eu não seja mulher para casar. Ou talvez eu não merecesse o teu amor. Ou talvez eu te respeitasse demasiado para considerar o teu pedido! Já pensaste que nunca me quis casar contigo, por te admirar demasiado? Por te respeitar como nunca respeitei nenhum homem...? (nem voltei a respeitar, agora que falamos nisso). E sabia que te iria fazer sofrer mais tarde ou mais cedo, enquanto gostasses assim de mim. Sei lá, olha nunca sei muito bem quando penso nisto. E quando me perguntam nunca sei muito bem o que responder. Mas vivemos uns anos fantásticos! E é preferível termos estas recordações, não te parece? Por isso, agora podemos estar aqui de mão dada, em vez de nos olharmos de lado quando nos cruzamos na rua. Muito melhor, mais civilizado, mais primeiro mundo, definitivamente!
- Nem nunca tive a noção que tinha sido o teu “príncipe”...
- Pois é, fica sabendo que foste. Tens um pódio só teu. Não estás em primeiro nem em segundo lugar. Estás sozinho nesse pódio e por isso nunca serás destronado. Hein, já viste a tua sorte?
Humm... este sashimi está divinal, não achas? Está mesmo a saber-me bem!
- Não mudes de assunto... se bem que, estou sem palavras...
- Nesse caso... vamos apreciar estas iguarias nipónicas e sonhar que estamos em Tóquio. És um chato! Nunca quiseste viajar comigo... só querias era freakalhices de caravanas pelos campos fora, e as estrelas e mais não sei o quê... e eu em Nova Iorque alone by myself! O que eu queria era néons e monóxido de carbono e tu só me falavas dos encantos telúricos. Seeeca!
- Era o amor! Ali a dar-me forte e feio!
- Ai Zé Pedro isso não era amor, era uma chatice, tem paciência...
- Só tu é que me dizes essas coisas. As outras ficam todas contentes!
- És um palhaço... Não me venhas falar das outras! Não há comparação sequer, hello?? Achas normal estares a falar das outras nesta altura do campeonato? Ou já te esqueceste porque é que nos separámos...? Eu não! Não me irrites que fico cheia de azia!
- Oh Anita, não era nesse sentido, não fiques assim... Mas tens razão, não torno a dizer estes disparates...
- Acho bem... tenho pouca paciência para parvoeiras.
- (...)
- A verdade é que me consegues enervar como ninguém. E magoar também. Se outro qualquer me falasse assim, entrava-me a 100 e saía a 200. Contigo, fica cá e dói e mói e corrói. Tu nunca terás a noção, nunca! Sempre disseste que eu era fria e distante e dura e sei lá mais o quê, mas nunca percebeste que era para me proteger. Eu tinha de me proteger. Senão, não sei o que seria de mim... Que merda! Não me apetecia nada estar a recordar estas coisas, que chatice. Nem devíamos ter vindo jantar, é sempre a mesma coisa! Tu não resistes e eu não suporto...
- Pois... eu fiz-te mesmo mal. Ao fim destes anos todos e ainda ficas assim.
- É verdade, sim! Fizeste! Pronto, fizeste! Está feito! Mas temos de ver o lado positivo da coisa. Se não fosses tu, provavelmente eu não escreveria a cascar nos homens! Não teria nada para exorcizar! Assim como assim, vou divertindo e acalmando algumas almas mais inquietas! Temos de tentar sempre tirar o melhor partido das situações, sí cariño?
- Pronto! Concedo!
Café, vais querer?
- Eu passo-me contigo realmente... Ao fim de quase vinte anos e não sabes que não bebo café? Só ao estalo!
- É para te irritar... tontinha!
----
- Brrr está imenso frio cá fora. Vamos embora, também já é tarde. E estou gelada, chiça, está mesmo frio!
- Anda cá que eu te aqueço...
- Bom, já estivemos a falar melhor... mas estou mesmo gelada, dá cá o braço vá, que assim não se vão as virtudes!
- Sabes que és a mulher que qualquer homem sonharia ter ao lado...
- Sabes que és o homem que qualquer mulher sonharia ter ao lado...
- Amo-te...
- Eu também...
- Fica bem. Cumprimentos ao Miguel...
- Tu também. Cumprimentos à Joana...

TNT
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Sábado, 14 de Abril de 2007

Aaaaai a p*** da minha vida!

Ontem, em mais uma noitada, depois de um jantar com uma amiga de sempre, flirt q.b. no restaurante (quando nos juntamos não resistimos), ir ter com mais amigos ao La Moneda, fui finalmente ao meu bar de sempre.

Uma vez lá e depois de uma série de fait divers e de umas quantas sms revitalizadoras, reencontro um velho amigo do meu universo de jogos. Falamos de relações passadas e presentes. Ele diz que eu sou doida, rimo-nos durante um bocado e pergunta-me se já conheço a casa de um amigo comum, que é muito gira e tal. Digo-lhe que não, que não conheço e que dificilmente irei conhecer. Que a namorada dele me odeia, já se sabe como é...

Ele concorda, diz que a ex-mulher dele também me odiava. E acrescenta neste tom: tu és como nós, comportas-te como nós, mas és muito feminina. Elas não suportam isso. Passas tantas horas como nós a jogar, gostas de coisas que mais nenhuma mulher gosta e tens os mesmos problemas com os homens que nós temos com as mulheres: não tens pachorra para parvoíces, não lhes dás a atenção que eles querem ou precisam, sais com os teus amigos sem eles, fazes coisas estranhíssimas, deixas os gajos agarrados porque te apetece viajar sozinha, and so on...

Eu fiquei estarrecida. Lendo aqui preto no branco (estou a escrever no word) consigo ver que tudo isto é verdade... e muito mais. Mas ouvir estas coisas todas de uma vez da boca de um amigo homem, é um bocadinho constrangedor. Não me parece que as características apontadas sejam tipicamente masculinas. Tenho a certeza que outras mulheres têm este tipo de problemas e preferências, mas...

Querem lá ver que tenho aqui o cromossoma Y a espreitar? Ou serão eles que estão a ficar desmesuradamente mais femininos?

TNT
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Quarta-feira, 11 de Abril de 2007

Sem complicações

Dizem por aí que o grande interesse está na conquista. Que essa é a parte mais estimulante. Que é o que dá pica.

Confesso que não sei do que estão a falar. Nunca passei por isso.

Por sorte ou por azar, ou por manhas do destino, sei lá eu, nunca tive essa experiência. Não gosto de esperar, nunca gostei, e as manias com a idade têm tendência a refinar. Sou uma pessoa impaciente por natureza e essa é a minha mais gritante característica. Para o bem e para o mal!

Os tempos do engate, os timings dos telefonemas, tudo isso me confunde. Nunca esperei para ter alguém. As coisas para mim costumam ser fáceis. Provavelmente porque não complico!

Noutro dia uma amiga dizia-me “tu não tens a noção do que é lutar por alguém, ganhar alguém e muito menos perder, nunca perdeste não sabes o que é isso”. Tudo isto é verdade, mas sinceramente começo a achar que as pessoas à força de quererem ser tão especiais e diferentes, se esquecem do que realmente querem e precisam. E perdem-se nos meandros das regras, nas malhas do engate institucionalizado.

Se quero alguém, explico-me! Não me ponho com parvoíces de esperar pelo socialmente correcto telefonema e só responder passadas umas horas. Ou de me fazer de difícil, tipo donzela do século XVIII perdida no countryside inglês. O hard to get pode até ser uma técnica ancestral para quem pretenda casar. E para as outras como eu, que não querem?

Honestamente prefiro a minha versão. Sem complicações. À distância de um clique, dum sms ou de um estalar de dedos...

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Segunda-feira, 2 de Abril de 2007

Sempre a Aprender...

Noutro dia estava eu no meu bar de sempre com amigos de sempre, quando recebo um telefonema de um rapazinho a quem eu acho muita graça, a dizer que ia lá ter e tal. Pois com certeza, que venha...
Quando chegou, eu estava lá já só com um amigo a quem o apresentei. Passado um bocado esse amigo saiu e depois veio outro que se sentou connosco.

O meu rapazinho acabou por se ir embora amuado e tal...

Ficando lá eu e o outro amigo, começamos a falar das dificuldades que tenho sempre, em relação aos homens confiarem em mim... “Mas ele não te conhece, não sabe que te dás com homens, não sabe que trabalhas com homens...?” Claro que sabe! E sabe mais ainda! Ele é primo de uns amigos que me conhecem de adolescente, quase...! E é amigo de infância de uma que conhece aquela história de Londres. “Ah ok... ele sabe então as outras coisas também... pois, assim é difícil!”

O meu passado amoroso é recheado de histórias dignas de argumentos cinematográficos. Por acaso vivi com um músico muito conhecido em Portugal, por acaso tive um affair com outro mundialmente conhecido, por acaso tive aventuras fantásticas com pessoas fantásticas e algumas delas também famosas, por esse mundo fora. O que o meu amigo comentava é verdade: “...tu não tens mais aventuras que as outras pessoas, tens é aventuras com pessoas mais conhecidas. E isso traz muita insegurança ao comum dos mortais. É como se tivesses andado com o Steve Jobs e agora estavas aqui comigo. Isso para os homens é complicado! Nós temos de ser sempre os melhores da nossa rua!”

A questão é que mesmo que eu não lhes conte, acabam sempre por descobrir de uma forma ou de outra. Porque é o amigo da amiga e o primo do vizinho e o cunhado do senhor do talho e o raio...! Eu não ando por aí a divulgar as minhas histórias, mas se calha perguntarem-me se já fui casada (e acreditem, toda a gente pergunta...), eu digo que não, que fui vivente. E se perguntam o que é que ele fazia e eu digo que é músico, pronto, já está! A partir daí vem a curiosidade e é um pulinho para se chegarem a trinta mil outras histórias.

Às vezes, as vidas diferentes tornam-se ameaçadoras aos olhos dos outros.

Mas será possível que tenhamos de fingir que tivemos uma vida igual a toda a gente para os outros esquecerem as inseguranças? Será que as pessoas que queremos nos merecem esses sacrifícios? Ou será que elas próprias têm de crescer e aprender a viver com as bagagens de cada um?

Que dor de cabeça! Isto das relações dá cabo de mim...

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Quarta-feira, 14 de Março de 2007

Lá vem ela, sabendo que é linda...

(Exercício de Escrita. Tema: Personagem. Curso de Escrita, 2006)

“É linda!” – Desce as escadas saída da casa-de-banho onde esteve a pôr o gloss. Penso em que idade é que terá, e assusto-me com a ideia de que possa ser menor. Não me posso meter numa cena dessas... Hoje em dia, um gajo nunca sabe. Mas não pode ser! É tão gira, tão cheia de graça, está mesmo lá. Sabe sempre o que dizer, o Paulo até disse que ela era esperta demais. Não... deve ter uns 23, 24...

Lá vem ela...
Agita aqueles cabelos compridos que cheiram sempre a qualquer coisa como framboesa, tipo aqueles iogurtes de frutos silvestres da Adágio. Até apetece comer... Oh diabo! Parou... está a falar com aquele gajo que organiza os cruzeiros para Ibiza. Consigo ver a mão dele nas costas nuas dela. Quem é que a manda sair com aqueles tops sem costas? Só atados ao pescoço e com um trapinho à frente... Que chatice! Anda lá, larga esse gajo! Não vês o que ele quer? A minha menina não pode ir para Ibiza, nem pensar! Aquilo é só gente passada... Vá lá, vem mas é para aqui para ao pé de mim e deixa-te de te armares.

Largou-o...
Agora vai para a pista dançar, está a tocar a música preferida dela... Sign your name across my heart; I want you to be my baby... Que bem que dança, com uma suavidade, enquanto canta de olhos fechados. Sei que pensa em mim... E eu penso nela. Balança devagarinho e a saia curta movimenta-se de um lado para o outro, mostrando aquelas pernas até ao pescoço. Como é que ela consegue aquela suavidade toda com aquelas botas altas calçadas? Mas ficam-lhe mesmo a matar.

Acabou a música...
É agora... É agora que vem ter comigo, já não era sem tempo. Mas eu tenho de perceber, ela é mesmo assim. É a rapariga mais gira de Lisboa. Mais requisitada. E é minha! Sou um gajo cheio de sorte. Se fosse outra qualquer, queria ser modelo ou actriz. Mas ela não. Ela quer outras coisas. É mais ambiciosa. Quer ser jornalista e fazer aquelas grandes reportagens em cenários de fome e guerra. É assim a minha menina. Muito melhor que as outras todas.

Aí vem ela...
Preparo-me para a abraçar. Não... talvez não seja boa ideia. É melhor manter um ar cool, não vá ela pensar que me tem na mão. Vou fazer que não é nada comigo. Aproxima-se. Debruça-se no balcão e está quase em cima de mim. O decote descai um bocadinho. Já consigo sentir aqueles cheiros todos.

- Olá boa-noite... Queria um vodka limão por favor... Com uma palhinha, para não gelar os dentes!

Estremeço mas tento não mostrar. Que voz! Parece a Sharon Stone.
Trato da bebida e ofereço-lha. Ela agradece e aí vai ela outra vez para o meio da confusão.

O Paulo vem ter comigo enquanto limpa um copo,  – Pois é pá, tens razão. Ela vem sempre a ti pedir as bebidas. Deve andar aí a rondar. My man, gimme five!!!

Eu sabia, sabia que ela era minha. Não posso é dar parte fraca.
Daqui a um bocado está cá caída outra vez, vão ver. Ela não resiste.

TNT
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