Quarta-feira, 4 de Março de 2009
As meninas têm por hábito começar a namorar mais cedo que os rapazes. Eles só pensam em jogar à bola/playstation/correr feitos estúpidos/…, enquanto que elas pensam que vão casar aos 15 anos com os seus príncipes encantados por causa da literatura Danielle Steel e dos filmes manhosos de domingo à tarde da TVI que consomem.
Consequentemente, arranjam sempre uns namorados mais velhos do que elas porque não têm outra hipótese. Apaixonam-se, constroem castelos e acham que é para toda a vida…
Pois, não é! Há umas que percebem que afinal aquilo apenas é o princípio de uma jornada. Outras ficam com os seus amores da secundária durante anos e anos. E perdem tudo o que a vida tem para lhes dar nessas idades. E que depois irão tentar recuperar fora de horas...
A adolescência/pré-adulta deve ser uma idade de experimentação. Nada de namoros prolongados. Nada de dramas ou sofrimentos. Experimentar e seguir para outra deve ser o caminho a traçar. Afinal, a fase 15-25 não tem comparação com nenhuma outra em termos de inconsciência, energia, curiosidade ou hormonas aos saltos. É a fase de aprendizagem onde se apreende algo do que se quer e, sobretudo, do que não se quer.
Dos 25 em diante, a coisa começa a clarificar-se e inicia-se o tal desejo de constituir família. Meninas, quando esta fase começar, sentem-se muito sossegadinhas porque acaba por passar! Àquelas que não conseguiram ficar sossegadas, paciência. Também, o mundo tem de ser povoado e as empresas de catering têm de ganhar algum com os casórios.
Chegando aos 30 e picos a vida fica clarinha que nem cristal! Percebe-se que afinal aquele gajo não era bem o que se queria e que as crias só ocupam espaço e tempo. O sexo não é o mesmo e muito menos com a mesma frequência, o tempo de lazer não existe, as horas de sono são uma lembrança longínqua e as contas dos colégios, uma constante mensal! As mulheres começam a acordar e a perceber que a vida tem de ser mais do que aquilo.
Quando se aproximam dos 40 voltam à adolescência no que toca à excitação. Agora com outra sapiência, paciência e ciência. A vontade de experimentar outras coisas mais interessantes torna-se irresistível. O apelo da carne tenrinha é um canto de sereia. O sexo é imperativo a par com o divertimento. A diferença em relação à adolescência é que já não há secundária, nem borbulhas, nem dramas. Selecciona-se o que é bom e esquece-se o que não interessa.
E como diz uma amiga minha “Se não me lembro é porque não aconteceu!”
TNT
Sábado, 10 de Janeiro de 2009
- Oh darling, I’m such a bitch...
- I know… that’s why I simply adore you.
- Hummm… how irresistibly flirtaceous. Let’s role play then. Shall I be your nurse?
- Ohhhhhh, I’m feeling so enormously sick.
- Let me check your temperature… Hum, quite high… Allow me to undress your shirt. Only to make sure…
- You’re right. You’re such a bitch. But I simply adore you, what can I do?
TNT
Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007
As relações são mercantilistas e vivem das trocas.
Das trocas de afecto, de dedicação, de atenção, de dinheiro, de orgulho, de tempo, e de tantas outras coisas e coisinhas que todos os dias nos assolam.
Dizia-me uma amiga, a propósito da ingratidão, que tudo fez por um irmão e que ele – que é um animal, diga-se de passagem! – disse que não precisava dela para nada, etc. Enfim... família a gente não escolhe, mas felizmente podemos escolher todas as outras pessoas que nos rodeiam. Das amizades aos amores, creio que temos de ser criteriosos, selectivos e cuidadosos nas nossas escolhas.
Senão, vejamos...
Em tempos, um rapaz muito criativo (leia-se preguiçoso) passava a vida a tentar criar um objecto de entretenimento e por isso não poderia trabalhar porque tinha de estar completamente focado na coisa. A namorada, compreensiva (leia-se tonta) com esta situação temporária, sustentava todos os caprichos da criatura, não fosse a privação de algo, toldar-lhe o génio e a visão. Quando ela percebeu que ele afinal era um grandessíssimo oportunista e preguiçoso, cortou-lhe as vazas. A partir daí, ela passou a ser uma megera nas conversas dele com os amigos. Há que referir que esta mama durou quase um ano... Uma megera, de facto!
Outro rapaz, com namorada fixa, decide comprar uma casa, contando que ela fosse para lá viver e assim partilharem o espaço e respectivas despesas. A rapariga, que era ainda uma miúda, pressentindo o perigo do compromisso que teria de assumir, pôs-se a léguas e o rapazinho acabou por ficar agarrado... mas não por muito tempo. Em breve, arranjaria outra namorada – esta com casa própria – e tratou logo de despachar a casa anterior. E agora pensamos nós: obviamente que passou a rachar as despesas com a namorada recente... Deves! O condomínio começou a ser-lhe um fardo depois de ela muito insistir – e chatearem-se – em que ele teria de participar em algumas responsabilidades financeiras. Entretanto, esta relação acabou e ele já arranjou outra rapariga com casa própria. Novos cenários, mesma atitude...
Há pessoas que só dão e outras que só recebem. É a simbiose perfeita até alguém se aperceber que as coisas já passaram os limites e que também precisam de receber um bocadinho. E quando acordam, invariavelmente vêem que foram abusados e ficam com um travo amargo na garganta. Uma coisa é simbiose, outra muito diferente, é parasitismo! Fazem ambas parte do rol de relações, mas distinguem-se de forma peremptória e assustadora!
O ideal será darmos tudo o que pudermos, sabendo que a outra pessoa está com o mesmo espírito de dádiva e partilha. Lógico que nem sempre temos disponibilidade para darmos tudo o que gostaríamos – desde afectos a tempo, de dinheiro a dedicação – mas têm de ser fases de vida, e não sistema de vida.
Porque quem dá, também gosta de receber. E quem recebe, deveria experimentar dar.
Às vezes, sabe mesmo bem!
TNT
Segunda-feira, 22 de Outubro de 2007
Já por várias vezes – não muitas, mas mais do que gostaria – apanhei tipos que faziam parte das vidas de amigas minhas, em flagra. E mesmo sem os apanhar em flagra, apanhei-os em telefonemas, olhares cúmplices, armados ao pingarelho e outras actividades de foro “ilícito”... Falo de tipos que não correspondem minimamente aos requisitos sexuais exigidos pelas mulheres e que por isso, se calhar, andam atrás de pitinhas, assistentes e outras tontinhas que ficam encantadas com a falta de encanto.
Fui jantar com uma amiga que me diz que o namorado tinha ido jantar com uma amiga da faculdade, que ela estava cá e que ia ficar em casa dele no fim-de-semana e tal. Não liguei grande coisa à questão até a questão se ter tornado algo questionável. Foram ter connosco depois de jantar e quando eu vi a amiga em acção percebo que tem escrito na testa em néons encandeantes “Comam-me! E rapidinho que isto tá mesmo difícil!”
Com alguma habilidade e paninhos quentes, digo que ela me faz lembrar uma mulher específica... para ver se ela percebia. (Esta mulher que referi é daquelas que é sempre muito amiga dos gajos todos – comprometidos ou não - e anda sempre a papá-los, mas é uma gaja do caraças, amiga do seu amigo e acima de tudo amiga dela própria!). A minha amiga não ligou nenhuma ao meu aviso velado. Enquanto isso, a outra fazia crescer a peitaça, rindo-se sempre muito e muito divertida e descontraída e simpática e cheia de vontade de se ir deitar mais cedo!
Tive de me chegar à frente e dizer à minha amiga... “Ah e tal, se calhar era melhor ele ir dormir a tua casa neste fim-de-semana. A rapariga ficava mais à vontade lá em casa e já podia levar companhia, que bem parece precisar...!” Acho que foi neste momento que se fez luz e que viu que às vezes o perigo está mesmo à nossa frente e compete-nos dar uma ajudinha para evitar males maiores.
Não podemos sempre contar com a ajuda celeste! Ou contar com a seriedade e honestidade dos moçoilos! Aliás, sou capaz de acreditar mais em intervenções divinas do que nos ditos cujos, mas adiante...
O que pretendo dizer é que temos de nos dedicar à nossa relação, fazermos com que esta, por mais tempo que dure, seja repleta de emoção e aventura. Ah é verdade... e estarmos atentos, muito atentos, porque o perigo espreita em todas as escarpas. E sim, todos nós já fomos caçadores e presas. E não convém esquecer que quem está connosco pode voltar a sê-lo a qualquer momento.
TNT