Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009
Estou cansada. Tenho as pálpebras pesadíssimas a quererem cair. Mas não as posso deixar cair. Aparecem logo umas imagens pouco próprias para uma donzela imaculada. Entram sem pedir licença, as grandes doidas. Que me fazem respirar fundo. E suspirar ainda mais fundo.
Vejo-te a olhar para mim com ar extasiado. E vejo-me ali a querer que nada daquilo acabasse. Vejo-me a medir o tempo descontrolado. E depois deixo de ver. Fica só o sentir. E é aqui que as coisas se complicam. Os lábios teimam em ficar dormentes, a respiração mais difícil e o sangue passa pelas veias mais espesso do que o costume. O ar é tramado. Faz falta, embora não o queira ali a interromper. Ok, a coisa complicou-se mais. Já não quero saber do tempo. Nem de nada. Só quero que este momento não desapareça.
Cheia de calor por dentro e por fora e a sentir o teu. A tua pele… ai, ai, a tua pele. Havia muito para falar sobre os benefícios da tua pele. O toque. O cheiro. Mas não posso. Estou a trabalhar, a coisa pode descambar e isto é um open space!
TNT
Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008
Noutro dia sou avisada pela
Cigana e pelo
Alf que o outro blog onde escrevo –
Interno Feminino – estava a ser escandalosamente plagiado por uma rapariguita com um blog no netlog. Eu e a
Tsetse tratámos de reportar abuso acerca da tal plagiadora que rapidamente retirou (ou foi forçada a retirar) os ditos posts, que eram cópias integrais dos nossos textos, à excepção de uma ou outra linha, forçosamente alteradas por poderem comprometer a personagem.
Dito isto, descobrimos uma ferramenta –
Copyscape – que permite localizar cópias de textos que tenham sido publicados nos blogs. Se a coisa já me tinha irritado, a partir daqui a irritação cresceu exponencialmente.
Eu até compreendo que as pessoas não tenham grandes ideias, e mesmo que as tenham, não as consigam passar para o papel. Mas “copiar”, “colar” e assinar com o nome
Cristina o que foi escrito por mim, já me parece um bocadinho demais. Descubro um blog que tem cerca de 15 textos, 12 dos quais são meus!
Admito que considero isto o cúmulo da lata. Querem copiar os meus posts, façam referência ao autor! Façam um link para a fonte! Se por um lado é lisonjeador, por ser sinal de que as pessoas até gostam, por outro lado, acho altamente insultuoso. Eu também gosto muito do que o Miguel Esteves Cardoso escreve, mas jamais me passaria pela cabeça pegar num texto do autor, pespegar aqui no blog e assinar TNT. Não é a minha escrita, não são as minhas ideias e infelizmente não tenho o talento dele. Mal ou bem, escrevo sobre as minhas coisas, no meu estilo e quer se goste quer não, é original. É o meu blog.
Também não percebo como é que os leitores dos ditos blogs copiados não se apercebem que aquelas coisas não são escritas pela ditas proprietárias. Porque nas respostas aos comentários, apenas se cingem aos “lol”, “bué” e outras expressões afins. Não se defendem, porque as ideias não são delas e obviamente não têm a menor capacidade de argumentação para responder à altura, face a um qualquer ataque.
Acho que estas situações devem ser desmascaradas e proponho que as pessoas que têm blogs com posts que lhes saiam do pêlo e da alma, façam o mesmo que eu, e denunciem esta cambada de manhosos, cujo único talento é fazer copy e paste...! E já agora, entupam-lhes as caixas de comentários com os insultos que merecem!
TNT
Segunda-feira, 7 de Janeiro de 2008
(Exercício de Escrita)
- O jantar correu muito bem, não te parece? Eu diria mesmo que foi um sucesso!
- Sim foi fantástico, somos uns anfitriões de mão cheia. Uma grande equipa!
Os convidados tinham acabado de sair e só faltava levar os cinzeiros para a cozinha. Ela estava cheia de vontade de se embrulhar com ele. Este sentimento de missão cumprida e partilha de tarefas e prazeres, tinha-lhe dado ali umas sensaçõezitas que precisavam de ser tratadas com acuidade e grande espírito voluntarioso...
Aproxima-se dele que estava de volta do portátil, puxa-o para si levantando-o da cadeira. Beija-o avidamente, passa-lhe as mãos pelo rabo apertando-o contra si. Levanta ligeiramente a perna e roça-a pelo sexo dele.
- Vou para a cama... e tu?
- Eu fico mais um bocado, quero acabar isto...
- Acabas amanhã quando acordares!
- Fico mais descansado se ficar com isto despachado...
- Ok, nesse caso vou deitar-me.
Ela dirige-se para o quarto incrédula. A memória de se comerem como coelhos em todos os cantos da casa e a toda a hora, não estava assim tão distante. “O que pode ter acontecido? Terá ele perdido o interesse por mim? Será que estou gorda, não serei já atraente? Haverá outra pessoa?”
Continuava neste turbilhão de pensamentos, numa inquietude interrogativa, quando ele finalmente foi para a cama. Teriam passado umas quase três horas. Ela permanecia acordada, em pulgas, sem sono, e sem compreender.
- Estou cheio de sono... aquilo cansou-me.
- Eu estou acordadíssima, sem sono, queres que vá para a sala para não te incomodar? É que estou um bocado inquieta...
- Não, fica aqui... gosto de te ter na cama, de te sentir aqui ao lado.
- Eu sei...
Foram as últimas palavras que trocaram...
Ela precisa de alguém que a ame. Não precisa de alguém que ame tê-la ali ao lado.
TNT
Quinta-feira, 1 de Novembro de 2007
Às vezes gostava de ter uma relação mediana.
Daquelas que toda a gente tem.
Sem muitas alegrias. Sem muitas tristezas.
Apenas mediana.
Tranquila.
Sem stress.
Igual a toda a gente.
Pouco ambiciosa. Rotineira. Previsível.
Sem surpresas. Nem boas, nem más.
Apenas mediana.
Para ser medianamente feliz apenas .
Para ser apenas medianamente infeliz.
Para ser mediana.
Como toda a gente...
TNT
Quarta-feira, 10 de Outubro de 2007
Ao receber um mail do meu professor de escrita, perco a vontade de escrever mais uma palavra que seja. Ou pelo menos, fico com vontade de nunca mais mostrar nenhuma palavra destas que escrevo. Apetece reduzir-me à insignificância e vulgaridade do chorrilho de palavras que vejo neste monitor.
E não falo apenas do conteúdo. Falo essencialmente da forma.
A forma absolutamente fluida, elegante, escorreita, agradável, que se entranha e que imediatamente fica a fazer parte de nós. E ainda por cima parece tão fácil!
Um mail. Apenas um mail. Apenas uma resposta simples a um convite.
E eu que tinha começado a escrever o meu “livro”... Shame on me!
Se alguma vez me iludi que o poderia fazer, bastou-me um simples mail - ou um banho de realidade - para perceber que o melhor é ficar sossegada para não passar vergonhas!
TNT
Segunda-feira, 10 de Setembro de 2007
Vai ter início mais um curso de escrita no El Corte Inglés, em Lisboa.
É leccionado por
José Couto Nogueira (jornalista/escritor/apresentador) autor de obras como "
Táxi" ou "
Vista da Praia".
Aconselho vivamente a quem gosta de escrever, a quem gosta de ler e a quem gosta de se divertir com estas coisas dos blogs.
As inscrições estão abertas no El Corte Inglés e o curso começa no próximo dia 17 de Setembro de 2007 pelas 19h00 no Âmbito Cultural, Piso 7. É ministrado todas as segundas e quartas entre as 19h00 e as 21h00.
Aproveitem, que vale a pena... Eu vou! (again...)
Ah, é verdade...! Apenas mais um pormenor:
É GRÁTIS!!!!
TNT