Portugal joga contra Espanha na próxima terça-feira.
Os jogadores talvez não saibam, mas há muito mais em jogo do que um Mundial de futebol que já por si é muito importante.
É importante para a auto-estima nacional, para o valor dos jogadores portugueses no mercado internacional, num prestígio que muitas vezes não conseguimos fazer notar noutras áreas, apesar de existir. O futebol chega mais rápida e facilmente às pessoas do que a ciência, a medicina, a literatura e as artes em geral. Somos um povo virado para o futebol até porque, noutros tempos ainda mais tristes que estes, era a única alegria que nos era permitida.
Um jogo Portugal vs Espanha é sempre mais do que um jogo. É o orgulho nacional. É o grito dos nossos antepassados que com mais ou menos Padeira nos mostraram ser possível enxotar a má vizinhança. É uma luta secular. E tudo isto nas mãos, ou melhor, nos pés dos jogadores que entrarão nesta batalha.
Nesta altura do campeonato, podemos estabelecer um paralelismo entre o jogo que se avizinha e a questão da espanhola Telefónica em relação à portuguesa PT. Se o futebol move muitos milhões, a PT dá trabalho a milhares de famílias portuguesas.
A Telefónica é dez vezes maior que a PT; a selecção espanhola é campeã da Europa. A Selecção portuguesa tem Cristiano Ronaldo, um dos melhores jogadores do mundo e muito admirado em Espanha; a Telefónica tem César Alierta um dos melhores CEO e admirado por muitos empresários portugueses. A PT tem Zeinal Bava, o melhor CEO europeu na área das telecomunicações;… e Espanha?
Quem serão as ‘Padeiras’ da PT e da nossa Selecção?
A História conta-nos que uma só pessoa pode fazer a diferença. Pode mudar o curso de um país. Vamos acreditar ou deixar de marchar contra os canhões?
Há muito mais em jogo que um jogo de futebol. FORÇA PORTUGAL!
Como ainda não consegui definir o grau de importância de cada uma, aqui vão por ordem cronológica:
1. A Espanha levou na pá da Suíça!
2. No MEO já se pode ver o Mundial 2010 sem se ouvir o raio das vuvuzelas!
Há dias assim...
Como alguns saberão, tive a infelicidade de trabalhar durante uns tempos em território inimigo: Espanha.
Fugi assim que pude. Como diabo da cruz. Como francês do banho. Como funcionário público do trabalho. Estão a ver a velocidade, certo?
Hoje em dia, trabalho na PT. A maior empresa portuguesa. A maior empregadora (ou das maiores) de gente licenciada e não licenciada.
E achei que a coisa aqui era "giripollas free". Mas, pelos vistos, enganei-me.
Uma das coisas que considero que os espanhóis têm em excesso e que nós temos em débito é o espírito nacionalista. Eles acham que tudo o que é espanhol é bom, nós achamos que tudo o que é português é, no máximo, 'razoávelzinho'. Eles acham que tudo o que é estrangeiro é mau e para aniquilar/espanholar, nós achamos que é tudo fantástico e para consumir em barda.
A PT é boa e quer expandir-se como outros portugueses fizeram há cinco séculos atrás. Mas os senhores do baldio aqui do lado não querem. Querem apoderar-se da maior empresa portuguesa. E a seguir? Será a EDP, a GALP?
Este é um assunto que nos diz respeito a todos.
Se estou mais preocupada porque trabalho aqui? Pode dizer-se que sim! Mas o meu grau de preocupação seria idêntico se a ameaça de OPA hostil estivesse a ser colocada a outra grande empresa portuguesa com possibilidades de expansão internacional e da qual dependem milhares de famílias.
. Hoje foi um dia de alegri...