Já muito se tem falado sobre o caso Maria João Nogueira/Ensitel. Só se estiveram nos últimos dias debaixo de uma pedra é que não sabem o que se passa. Se for esse o caso façam o favor de ver aqui, aqui ou aqui. Os protestos multiplicam-se, as manifestações de solidariedade crescem como cogumelos. Não há muito mais a dizer a não ser sublinhar novamente que aqueles senhores deveriam contratar a mais profissional agência de comunicação para os assessorar. Se bem que desta já não se safam. Sempre que alguém passar por uma loja Ensitel por muitos e longos anos vai pensar duas vezes antes de entrar.
Resumindo, já não me apetece falar destes senhores. Vou falar da senhora em questão que fez despoletar o maior movimento de que há memória e que já é um case study no que às técnicas de comunicação diz respeito.
O pessoal dos blogs conhece a Jonasnuts. Eu conheço a Jonas. Foi minha chefe durante um ano e picos. Neste momento já não é, porque eu mudei de função, mas continua a ser a minha companhia diária no fumatório.
Há uns tempos, estávamos nós em reunião, o meu telefone tocou. Vi que era a minha mãe e saí da sala para atender. A minha mãe, que estava no Alentejo por causa do estado crítico de saúde de uma irmã dela, informa-me que a minha tia tinha acabado de morrer. Troquei mais uma ou duas frases, desliguei o telefone e voltei para a sala.
A Jonas percebeu que algo se passava e quando a reunião terminou perguntou-me “Passa-se alguma coisa?”. Contei-lhe o sucedido e a resposta imediata foi: “E o que é que ainda estás aqui a fazer? Vai-te embora, a tua mãe precisa de ti.”.
Eu não lhe tinha pedido nada. Não precisei.
Esta é a Jonas que eu conheço. É a Jonas que está sempre pronta a lutar pelos seus ‘meninos’, pela sua equipa. Que se indigna e dá voz a quem não a tem. Que defende com unhas e dentes as equipas que lidera.
E esta é a Jonas que está a ser intimada por uns tubarões para remover os posts do seu blog.
Há umas horas, no Facebook, uma amiga minha de longa data observou que não me queria ter por inimiga por causa da campanha que eu persisto em fazer a favor da Jonas. Aqui está a explicação. Estou apenas, e dentro das minhas possibilidades, a retribuir um pouco o que a Jonas faz diariamente.
Só espero que ela não leia este post, porque sei que não iria gostar de ver expostas as suas facetas mais gritantes: humanidade e justiça.
E pronto… tenho dito!
Ao passear pelas redes sociais deste mundo virtual, verifico que as pessoas mostram os álbuns de família sem quaisquer pudores ou receios.
Da criancinha no bacio, à criancinha junto da escola devidamente identificada, da criancinha à porta de casa dos avós até à criancinha na praia de férias com a família, todos estes pormenores podem ser utilizados por mentes menos bem-intencionadas.
Sei que as pessoas têm imensa necessidade de se mostrarem. Imensa necessidade de protagonismo. Mas será que não podem reservar esse protagonismo para si próprias e deixarem as criancinhas em paz? Quando as ditas crianças crescerem logo decidirão se querem expor-se ao mundo inteiro. E, principalmente, quando já tiverem idade e físico para fugirem ou pregarem um par de murraças a quem as tente assediar.
Vejo grandes preocupações entre os pais, tios, avós em protegerem os petizes das suas famílias. “Não fales com A ou B, não aceites coisas de estranhos, vou buscar-te à escola às 16H00 em ponto, mas, entretanto, se não te importas, pespeguei uma foto tua na minha página na net com a legenda ‘Praia das Maçãs – as eternas férias em família’ a que podem aceder milhões de pessoas, algumas delas pedófilas. Não há problema, pois não?”.
Alguém me explica?
TNT
Noutro dia, numa aula de escrita, ouvi uma observação muito curiosa.
O tema era o que as pessoas realmente gostavam de ler, a intriga e o volte-face.
E um dos exemplos dados foi o seguinte: “quando o Sócrates foi à Venezuela, nos jornais, só se lia que ele tinha fumado no avião. Ninguém quis saber nada sobre os acordos que ele foi lá fazer que, à partida, seriam muito mais benéficos para o país e para as pessoas...”
É verdade... triste, mas verdade!
Eu quero lá saber se o Sócrates fuma no avião, se tem namorada ou se está a fazer dieta! Interessa-me muito mais se ele me conseguir baixar o preço dos combustíveis lá com o seu amigo Chávez. Ou que consiga que empresas portuguesas entrem no mercado sul-americano. A mim, isso interessa muito mais.
As pessoas não querem saber se os nossos actos são benéficos. Só querem saber se estávamos bem vestidos, se sorrimos convenientemente ou se metemos o pé na poça. As pessoas dizem mal, porque gostam de dizer mal. E só isso interessa. Gostam de se queixar, mas não se esforçam por mudar. Querem apenas dizer mal e embirrar só porque sim! Têm cabeças pequenas e elas próprias são muito pequenas, quase insignificantes. Tão insignificantes, desinteressantes e mesquinhas, que precisam dos percalços dos outros para se sentirem melhores.
E, infelizmente, esta mentalidade imbecil prejudica-nos muito mais do que possamos supor. Põe em causa a nossa evolução. Não é à toa que passamos a vida “na cauda da Europa”. Não se pode culpar sempre as pessoas que estão à frente dos desígnios do país. Corruptos, existem em todos os países. Favorecimentos, em todas as autarquias de todo o mundo. Então, porque será que nós é que estamos sempre atrás?
Será que algum dia teremos a grandiosidade de assumir culpas? Ou será que nos achamos todos donos da razão e da moral, não abrindo nunca excepções?
A reflectir, se for caso disso...
Há uns anitos atrás, o JFK voltou-se para a população com a mensagem “Não perguntem o que o vosso país pode fazer por vós. Perguntem o que podem fazer pelo vosso país”. Apelou ao espírito de missão dos americanos. E eles corresponderam. Esqueceram que não podiam estar sempre a exigir, tinham também de dar sem que ninguém lhes tivesse de pedir. Depois, foi assassinado...
As crises - sejam elas sociais, económicas, financeiras ou de valores - deveriam servir para que as pessoas olhassem para dentro delas e pensassem: será que eu podia ser melhor? Será que há pessoas que, para além de mim, possam também ter razão?
Mas a mesquinhez das pessoas pequenas não nos deixa sequer o benefício da dúvida.
Espero que, pelo menos, consigam dormir descansadas...
TNT
intolerante
do Lat. intolerante
adj. e s. 2 gén.,
Vou aqui abordar um tema que tenho evitado ao longo de anos por saber que tenho uma opinião algo radical. Mas a verdade é que estou completamente farta dos toxicodependendentes, drogados, agarrados, junkies e de tudo o que eles acarretam.
Ontem, como toda a gente sabe, houve um grande incêndio na baixa lisboeta. Por o assunto me tocar pessoalmente e por saber que a maior parte destes incêndios urbanos têm o seu início em faltas de cuidado na preparação das drogas de gente que habita edifícios devolutos, venho aqui mostrar a minha indignação.
Edifícios devolutos há em todos os grandes centros urbanos com tudo o que há de bom e mau em todas as grandes cidades. De Londres a Nova Iorque de Paris a Lisboa, todos quantos já viajaram, sabem que esta é uma realidade transversal que não olha a geografias.
Ontem foram accionados meios – bombeiros e polícia – com grande eficácia, e há que reconhecer o excelente trabalho dos profissionais a quem pagamos e dos outros que ainda têm mais valor por serem voluntários. Mas a verdade é que os prejuízos foram imensos, tanto materiais, como patrimoniais, como emocionais. E estes não há quem pague!
Estou farta de saber que todos quantos pagam impostos, contribuem para as salas de chuto, para os cuidados médicos dos toxicodependentes, para a distribuição de seringas. Estas contribuições não as podemos evitar. Que remédio! Temos um Estado sensível as estas causas, com preocupações sociais que me confundem....
No entanto, as pessoas acabam por contribuir para o flagelo social que é a droga ao dar a moedinha para o arrumador, ao comprar o telemóvel do amigo do amigo que arranjou sabe-se lá onde, ao comprar os discos e bilhetes dos concertos da Amy Winehouse que depois acaba por cair em palco, desrespeitando inteiramente quem lhe paga o ordenado e até chegando a agredir fisicamente quem lhe compra as casas e lhe paga as fianças do marido.
F*da-se!!! Estou farta de tantas regalias e privilégios!
Estou farta de tanta vitimização a dizerem que são doentinhos!
Estou farta que incendeiem edifícios impunemente!
Estou farta de os ver estendidos à minha porta e ter de pular por cima para entrar em casa!
Estou farta deles e do mal que provocam às suas famílias e do mal que espalham ao seu redor!
Estou farta! E sou radical ao ponto de dizer que só deveriam servir para adubo!
Desculpem o desabafo... mas ontem o calor das chamas chegou mesmo muito perto...
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