Quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009
Ao passear pelas redes sociais deste mundo virtual, verifico que as pessoas mostram os álbuns de família sem quaisquer pudores ou receios.
Da criancinha no bacio, à criancinha junto da escola devidamente identificada, da criancinha à porta de casa dos avós até à criancinha na praia de férias com a família, todos estes pormenores podem ser utilizados por mentes menos bem-intencionadas.
Sei que as pessoas têm imensa necessidade de se mostrarem. Imensa necessidade de protagonismo. Mas será que não podem reservar esse protagonismo para si próprias e deixarem as criancinhas em paz? Quando as ditas crianças crescerem logo decidirão se querem expor-se ao mundo inteiro. E, principalmente, quando já tiverem idade e físico para fugirem ou pregarem um par de murraças a quem as tente assediar.
Vejo grandes preocupações entre os pais, tios, avós em protegerem os petizes das suas famílias. “Não fales com A ou B, não aceites coisas de estranhos, vou buscar-te à escola às 16H00 em ponto, mas, entretanto, se não te importas, pespeguei uma foto tua na minha página na net com a legenda ‘Praia das Maçãs – as eternas férias em família’ a que podem aceder milhões de pessoas, algumas delas pedófilas. Não há problema, pois não?”.
Alguém me explica?
TNT
Domingo, 24 de Fevereiro de 2008
Eu, pecadora me confesso!
Sofro de gula... imensa gula... seria feliz se passasse o dia inteiro a comer... já com 200 kg e a continuar no desassossego da comida! Mas não. Obrigo-me a resistir de forma a ter alguns prazeres do palato sem comprometer os dois dígitos na balança. Embora contrarie este pecado, a verdade é que ele existe dentro de mim e de que maneira!
A preguiça também me assalta de vez em quando. Sei que poderia fazer mais do que faço... mas não me apetece! Sei que há preguiçosos, bem mais preguiçosos que eu, mas devo dizer que quando a coisa me ataca, sou capaz de ficar numa astenia quase assustadora. E mais: consigo aliar os dois pecados de forma exemplar! Comer e dormir: muito bom!
Já muito se tem falado dos pecados mortais... pecados capitais... que nos lixam e de que maneira. Já se escreveram livros sobre o tema. Grandes filmes também já foram feitos. Porém, na vida real, vejo que existe pelo menos mais um pecado deste género que nos lixa e bem, e deixa os outros especialmente lixados. A honestidade...
A honestidade, em termos personalísticos, é muito mal vista nos dias que correm. É incomodativa. Causa transtorno. Provoca situações constrangedoras. É tramada para os cínicos. É insultuosa para os sonsos. É particularmente complicada para os hipócritas. E, consequentemente, bastante nefasta para os honestos.
Quando falo em honestidade, não me refiro necessariamente à praticada pelo Abe Lincoln que percorreu não sei quantos quilómetros para devolver uns quantos cêntimos enganados num troco. Falo da honestidade como pessoas. Da coerência e consistência. Da defesa de ideais. Da argumentação face às convicções. Da coragem da assunção.
No reino actual de sonsos e hipócritas a honestidade é um tremendo pecado. Da próxima vez que se faça um filme sobre o tema, proponho que “Eight” seja o título...
TNT