Terça-feira, 6 de Janeiro de 2009

Eh pá... isso é muito complicado

Tenho um amigo que vive nos EUA há uma série de tempo. Para mais de 20 anos. Como já vive há mais tempo nos EUA do que viveu cá – embora continue a falar correctamente português sem qualquer sotaque – está distante da realidade e “aventuras na república portuguesa” como diria esse monstro da literatura que eu muito aprecio.

Uma das coisas que ele nota no nosso comportamento e que diz que é recorrente é a expressão: “Eh pá… isso é muito complicado”. Diz ele que é uma das frases que mais ouve e estranha em Portugal.

E se repararmos bem, podemos verificar que ele está coberto de razão. A complicação está de pedra e cal e instituiu-se de uma forma quase absurda. Tudo é uma complicação. Tudo é difícil de resolver. Qualquer processo é estupidamente burocrático. Mas será que a realidade é mesmo esta ou a complicação alojou-se na cabeça das pessoas? Se dissermos que é difícil e complicado, será que esperamos que nos dêem mais valor por termos conseguido alcançar um objectivo ou ultrapassar um desafio?

A verdade é que a vida se tem vindo a simplificar. Tudo caminha para isso. Creio que as pessoas é que insistem em manter-se no mar da complicação para, na sua avaliação diária, como seres humanos, profissionais e emocionais, andarem sempre entre os 16 e os 20 valores. Porque ninguém suporta um 9 ou um 10 na sua própria avaliação.

A maioria das pessoas centra-se nos problemas em vez de se centrar nas soluções. Os problemas suscitam interesse, cusquice, vitimização, pena. E parece que o português típico gosta destas coisas.

As soluções dão trabalho, mas a verdade é que dão muito menos trabalho que a obsessão pelos problemas. Consomem menos, causam menos rugas e sobra-nos tempo precioso para todas as coisas que gostamos de fazer, mas para as quais “nunca temos tempo”…
 

TNT

publicado por TNT às 18:32
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Terça-feira, 9 de Outubro de 2007

O peso das palavras

Quando se diz algo importante a alguém temos de ver que estamos em Portugal. E que as palavras têm pesos diferentes em diferentes línguas. Dizer “Te Amo” em brasileiro, não tem muita importância. Dizer “I Love you” em inglês tem a mesma importância do que se dissermos de uma saia nova. Porém, dizer em português que se ama alguém, temos de convir que a coisa custa a sair. E para sair – na maioria dos casos – é mesmo verdade!

As palavras – pelo menos para as mulheres – têm imensa importância. Na generalidade, as mulheres alimentam as suas emoções de palavras. De palavras ouvidas. De palavras lidas. De palavras escritas. E acima de tudo, de palavras sentidas.

Há homens que utilizam sempre as mesmas palavras para mulheres diferentes. Acham que assim têm sorte. E acredito que tenham, até ao dia em que elas descobrem que afinal são uma mera repetição que perdura desde a adolescência. Dizem que são nossos para sempre, chamam principezza à mulher e à amante que é para não haver confusão, dizem que querem ter um filho nosso... enfim balelas!

Depois há os que dizem que finalmente tiveram uma epifania connosco, que não tinham a noção do que era uma relação verdadeira e que de repente viram a luz e praticamente querem converter-se a esta nova corrente em busca da verdade e da essência. Descobrem é sempre uma nova luz na nova relação. Não sei como não ficam encandeados com tanto brilho! Ah! Deve ser porque a luz da relação anterior, de repente, se transforma em trevas.

De minimais repetitivos aos ofuscados, passando pelos dissimulados e iludidos, todos eles enganam e acima de tudo, enganam-se. Escorregam nas palavras do amor como se de dejectos caninos se tratassem.

E depois admiram-se que as coisas comecem a cheirar mal!

TNT
publicado por TNT às 01:22
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