"Tu é que tens a mania que és cool… na verdade és hot as chilli!"
Ora aqui está uma frase que me disseram hoje e que dificilmente esquecerei. O tema era sentimentos, emoções e a sua exposição.
TNT
Tenho um amigo que vive nos EUA há uma série de tempo. Para mais de 20 anos. Como já vive há mais tempo nos EUA do que viveu cá – embora continue a falar correctamente português sem qualquer sotaque – está distante da realidade e “aventuras na república portuguesa” como diria esse monstro da literatura que eu muito aprecio.
Uma das coisas que ele nota no nosso comportamento e que diz que é recorrente é a expressão: “Eh pá… isso é muito complicado”. Diz ele que é uma das frases que mais ouve e estranha em Portugal.
E se repararmos bem, podemos verificar que ele está coberto de razão. A complicação está de pedra e cal e instituiu-se de uma forma quase absurda. Tudo é uma complicação. Tudo é difícil de resolver. Qualquer processo é estupidamente burocrático. Mas será que a realidade é mesmo esta ou a complicação alojou-se na cabeça das pessoas? Se dissermos que é difícil e complicado, será que esperamos que nos dêem mais valor por termos conseguido alcançar um objectivo ou ultrapassar um desafio?
A verdade é que a vida se tem vindo a simplificar. Tudo caminha para isso. Creio que as pessoas é que insistem em manter-se no mar da complicação para, na sua avaliação diária, como seres humanos, profissionais e emocionais, andarem sempre entre os 16 e os 20 valores. Porque ninguém suporta um 9 ou um 10 na sua própria avaliação.
A maioria das pessoas centra-se nos problemas em vez de se centrar nas soluções. Os problemas suscitam interesse, cusquice, vitimização, pena. E parece que o português típico gosta destas coisas.
As soluções dão trabalho, mas a verdade é que dão muito menos trabalho que a obsessão pelos problemas. Consomem menos, causam menos rugas e sobra-nos tempo precioso para todas as coisas que gostamos de fazer, mas para as quais “nunca temos tempo”…
TNT
. Eh pá... isso é muito com...