Sábado, 10 de Janeiro de 2009
- Oh darling, I’m such a bitch...
- I know… that’s why I simply adore you.
- Hummm… how irresistibly flirtaceous. Let’s role play then. Shall I be your nurse?
- Ohhhhhh, I’m feeling so enormously sick.
- Let me check your temperature… Hum, quite high… Allow me to undress your shirt. Only to make sure…
- You’re right. You’re such a bitch. But I simply adore you, what can I do?
TNT
Domingo, 3 de Junho de 2007
Não sei como é convosco mas a praia funciona como um forte afrodisíaco aqui para esta vossa menina. Não sei se é do calor, se da areia, se do sal, se do cheiro dos protectores (sim, porque eu sou branca tipo alforreca) se disto tudo junto. A questão é que funciona como um turn on. E de que maneira!
Há sempre aquele número do “não se importa, passa-me aí o creme pelas costas...?” Ok, eu sei que é uma daquelas pick-up lines vergonhosas, mas pronto... tem de ser! São infalíveis e no saque tudo é permitido!
Sempre ouvi dizer que os romances de verão ficam enterrados na areia. O que dizer dos engates estivais de fim-de-semana? São suficientemente importantes para se erguer um túmulo, uma lápide? Merecem mensagens post-morten?
A mim parece-me que as coisas que surgem assim do calor intenso das praias lusitanas devem esfriar depois de uma bela banhoca e da aplicação do refrescante after-sun..
.
Não há paciência para cremes pegajosos, para homens pegajosos e muito menos no Verão que há tanto para fazer, tanta praia para ir, tanto protector para espalhar....
TNT
Domingo, 13 de Maio de 2007
Algumas mulheres, mestras na sedução, no engate e nas artes da irremediável manutenção dos machos, atentam a imensos factores e variáveis que, a criaturas mais distraídas ou desmesuradamente seguras, lhes passam completamente ao lado.
Pensava eu, que para criar intimidade com os espécimes masculinos, seria necessário verem-nos como realmente somos, sem subterfúgios nem quaisquer engenhos de dissimulação de alguma ou outra imperfeição que a todos nos assiste. Sei lá, verem-nos de pijama, com o cabelo desgrenhado ao acordar, olhos inchados, enfim todas aquelas generalidades que achamos serem comuns a todos e que todos compreenderiam.
Nada mais errado.
A intimidade, à semelhança de tantas outras coisas na vida, vive apenas e só da aparência. E poupem-nos por favor a ângulos menos sexy e a realidades incontornáveis! Não é para isso que cá estamos... O onirismo tomou conta de nós e quanto a isso, nada a fazer. A não ser conformarmo-nos com o facto de que teremos de acordar duas horas antes do rapazinho, para assim termos o nosso momento barbie e tudo voltar à (a)normalidade da noite anterior.
A intimidade é algo assustador para a maioria das pessoas e a maioria das pessoas temem-na mais ainda do que o próprio compromisso. A intimidade é algo permanente como uma tatuagem indelével.
O resto... são kalkitos!
TNT
Quarta-feira, 14 de Março de 2007
(Exercício de Escrita. Tema: Personagem. Curso de Escrita, 2006)
“É linda!” – Desce as escadas saída da casa-de-banho onde esteve a pôr o gloss. Penso em que idade é que terá, e assusto-me com a ideia de que possa ser menor. Não me posso meter numa cena dessas... Hoje em dia, um gajo nunca sabe. Mas não pode ser! É tão gira, tão cheia de graça, está mesmo lá. Sabe sempre o que dizer, o Paulo até disse que ela era esperta demais. Não... deve ter uns 23, 24...
Lá vem ela...
Agita aqueles cabelos compridos que cheiram sempre a qualquer coisa como framboesa, tipo aqueles iogurtes de frutos silvestres da Adágio. Até apetece comer... Oh diabo! Parou... está a falar com aquele gajo que organiza os cruzeiros para Ibiza. Consigo ver a mão dele nas costas nuas dela. Quem é que a manda sair com aqueles tops sem costas? Só atados ao pescoço e com um trapinho à frente... Que chatice! Anda lá, larga esse gajo! Não vês o que ele quer? A minha menina não pode ir para Ibiza, nem pensar! Aquilo é só gente passada... Vá lá, vem mas é para aqui para ao pé de mim e deixa-te de te armares.
Largou-o...
Agora vai para a pista dançar, está a tocar a música preferida dela... Sign your name across my heart; I want you to be my baby... Que bem que dança, com uma suavidade, enquanto canta de olhos fechados. Sei que pensa em mim... E eu penso nela. Balança devagarinho e a saia curta movimenta-se de um lado para o outro, mostrando aquelas pernas até ao pescoço. Como é que ela consegue aquela suavidade toda com aquelas botas altas calçadas? Mas ficam-lhe mesmo a matar.
Acabou a música...
É agora... É agora que vem ter comigo, já não era sem tempo. Mas eu tenho de perceber, ela é mesmo assim. É a rapariga mais gira de Lisboa. Mais requisitada. E é minha! Sou um gajo cheio de sorte. Se fosse outra qualquer, queria ser modelo ou actriz. Mas ela não. Ela quer outras coisas. É mais ambiciosa. Quer ser jornalista e fazer aquelas grandes reportagens em cenários de fome e guerra. É assim a minha menina. Muito melhor que as outras todas.
Aí vem ela...
Preparo-me para a abraçar. Não... talvez não seja boa ideia. É melhor manter um ar cool, não vá ela pensar que me tem na mão. Vou fazer que não é nada comigo. Aproxima-se. Debruça-se no balcão e está quase em cima de mim. O decote descai um bocadinho. Já consigo sentir aqueles cheiros todos.
- Olá boa-noite... Queria um vodka limão por favor... Com uma palhinha, para não gelar os dentes!
Estremeço mas tento não mostrar. Que voz! Parece a Sharon Stone.
Trato da bebida e ofereço-lha. Ela agradece e aí vai ela outra vez para o meio da confusão.
O Paulo vem ter comigo enquanto limpa um copo, – Pois é pá, tens razão. Ela vem sempre a ti pedir as bebidas. Deve andar aí a rondar. My man, gimme five!!!
Eu sabia, sabia que ela era minha. Não posso é dar parte fraca.
Daqui a um bocado está cá caída outra vez, vão ver. Ela não resiste.
TNT