Desculpem lá o meu jeito mas entre tanta idiotice, imbecilidade e filhos de gente parva que tenho aturado ultimamente nem tenho tido vontade de escrever. Por isso costumo dizer que não, não sou escritora. Os escritores produzem até à imoralidade quando estão em baixo. Comigo, a coisa não funciona assim. Só me apetece escrever quando estou bem e em cima. (Vá, deixam-se de trocadilhos maldosos! Se bem que...)
Mas hoje... hoje foi um dia especial em que assisti a uma pérola numa reunião de trabalho.
Um colega diz que não é multitasking e para esperarmos um bocadinho enquanto ele acabava de escrever ali qualquer coisa. A minha chefe começa a dissertar sobre esta incapacidade masculina e o quanto a afligia. Eu e outra colega concordamos e dizemos que eles quando estão a fazer qualquer coisa nem conseguem ouvir o que nós dizemos. Ao que ela retruca, do alto das suas já famosas tiradas: "A não ser que se diga blá, blá, blá, broche!"
Gargalhada geral. Eles concordam. Reunião divertida, produtiva e tudo e tudo.
E eis senão quando, outra colega, que é minha amiga há anos e anos e à qual eu apenas tinha ouvido uma palavra menos própria - merda - no meio de uma enorme crise que vos vou dispensar, sai-se com esta:
"Pois é! Às vezes só apetece dizer 'Ai que broche! Já viste isto?'"
Ainda não estou recomposta. Logo eu, uma rapariga séria que só diz Alfinete de Peito!
Jantar de aniversário de uma amiga da faculdade onde revi colegas de há 20 anos...
- Olá! Há quanto tempo... estás na mesma! (treta) Então? Estás...
- Não, não casei e não tenho filhos.
Acredito piamente na gestão do tempo e acho que se deve poupar recursos na maioria das circunstâncias.
TNT
(Enviado por mail)
"Um dia um rapaz perguntou a uma rapariga se queria casar com ele.
A rapariga disse que não
e viveu feliz para sempre...
Sem lavar,
sem cozinhar,
sem passar a ferro
saindo com as amigas,
dormia com quem lhe apetecia,
gastando o seu dinheiro conforme lhe apetecia
sem trabalhar para ninguém.
FIM
...O problema é que de pequeninas, não nos contavam estas histórias...
vinham sempre com a história do príncipe encantado....
Todos os homens dizem refererindo -se a nós - Para que havemos de
comprar a vaca quando podemos ter leite grátis?
Temos de lhes dizer: Sabem porque é que agora 80% das mulheres estão
contra o matrimónio? Porque as mulheres perceberam que não vale a pena
comprar um porco inteiro para ter uma salsicha."
Subscrevo!
TNT
Na minha quase ofegante busca por respostas sobre o comportamento masculino, observo as criaturas Y com aspirações científicas. Em vão. Quando acho que começo a chegar a alguma conclusão útil, eis que o universo masculino me prega mais uma partida.
Ao percorrer as páginas do “Pesquisa Sentimental” apercebo-me que está tudo ali. De repente, fez-se luz. Finalmente uma abordagem coerente e iluminada. Não, os homens não são todos iguais. Os homens que pensam, são iguais nas suas dúvidas e nas suas angústias. Não percebem é o seu novo papel. Não conseguiram digeri-lo ainda. Não sabem quem são. E a culpa é, claramente, das mulheres. Que evoluíram, as grande rameiras…!
“O problema é que as mulheres já não são o que eram; e nós continuamos na mesma. – Gil às vezes fica pensativo, filosófico.” Sem dizer, diz tudo. O Gil é o elemento que equilibra. Entre os dramas e a quase tóxica necessidade de compreender de Alexandre e as pérolas limitadas de Artur, Gil é o fio-de-prumo.
Artur é o idiota que ainda não percebeu que as mulheres mudaram. O papel da mulher é absolutamente limitado pelas suas próprias limitações masculinas. Aliás, um gajo que diz - “Vais largar a tua mulher por causa duma gaja que te faz um broche, mal te conhece? (…) Não te percebo. Tens uma mulher impecável. E depois tens as gajas. Não há nada de mal nisso. Sempre foi assim, sempre há-de ser.” – será digno de salvação dos seus demónios?
O “Pesquisa Sentimental” tem sido uma viagem salivante pela mente masculina. Não que eu não soubesse já algumas das verdades lidas. A questão é que finalmente foram verbalizadas por um homem. Finalmente, houve um homem que se chegou à frente.
E tenho a sorte e o privilégio de ele fazer parte da minha vida. Obrigada Zé…
TNT
Tenho uma amiga que diz que os males dos mundo surgem, na sua maioria, por causa de mal-entendidos. Poderá ter razão, mas eu acrescentaria que é preciso vontade para dar o braço a torcer e admitir que poderemos ser a origem dos mal-entendidos.
Nas relações – sejam emocionais, sociais ou profissionais – é preciso estarmos sempre atentos, não só aos erros dos outros, mas também aos nossos. E embora tenhamos quase a certeza de que estamos certos, não devemos ter sempre certezas absolutas como aquele senhor que nunca errava e raramente tinha dúvidas.
Eu, não sendo a pessoa mais paciente deste mundo, faço-me rodear de pessoas sensatas que me abrem os olhos quando a teimosia e o orgulho me impelem a ver apenas numa direcção.
Pedir desculpas pode ser um acto de uma nobreza enorme. Mas não pode ser sistema. Que isto de andar sempre a fazer merda e depois pedir perdão, pode ser muito giro para as religiões, mas para o dia-a-dia, vão-se mas é catar!
As pessoas devem pensar primeiro e só depois falar. Devem pensar antes de fazer. Devem pensar. Que é uma das poucas capacidades que nos distinguem dos animais.
As meninas têm por hábito começar a namorar mais cedo que os rapazes. Eles só pensam em jogar à bola/playstation/correr feitos estúpidos/…, enquanto que elas pensam que vão casar aos 15 anos com os seus príncipes encantados por causa da literatura Danielle Steel e dos filmes manhosos de domingo à tarde da TVI que consomem.
Consequentemente, arranjam sempre uns namorados mais velhos do que elas porque não têm outra hipótese. Apaixonam-se, constroem castelos e acham que é para toda a vida…
Pois, não é! Há umas que percebem que afinal aquilo apenas é o princípio de uma jornada. Outras ficam com os seus amores da secundária durante anos e anos. E perdem tudo o que a vida tem para lhes dar nessas idades. E que depois irão tentar recuperar fora de horas...
A adolescência/pré-adulta deve ser uma idade de experimentação. Nada de namoros prolongados. Nada de dramas ou sofrimentos. Experimentar e seguir para outra deve ser o caminho a traçar. Afinal, a fase 15-25 não tem comparação com nenhuma outra em termos de inconsciência, energia, curiosidade ou hormonas aos saltos. É a fase de aprendizagem onde se apreende algo do que se quer e, sobretudo, do que não se quer.
Dos 25 em diante, a coisa começa a clarificar-se e inicia-se o tal desejo de constituir família. Meninas, quando esta fase começar, sentem-se muito sossegadinhas porque acaba por passar! Àquelas que não conseguiram ficar sossegadas, paciência. Também, o mundo tem de ser povoado e as empresas de catering têm de ganhar algum com os casórios.
Chegando aos 30 e picos a vida fica clarinha que nem cristal! Percebe-se que afinal aquele gajo não era bem o que se queria e que as crias só ocupam espaço e tempo. O sexo não é o mesmo e muito menos com a mesma frequência, o tempo de lazer não existe, as horas de sono são uma lembrança longínqua e as contas dos colégios, uma constante mensal! As mulheres começam a acordar e a perceber que a vida tem de ser mais do que aquilo.
Quando se aproximam dos 40 voltam à adolescência no que toca à excitação. Agora com outra sapiência, paciência e ciência. A vontade de experimentar outras coisas mais interessantes torna-se irresistível. O apelo da carne tenrinha é um canto de sereia. O sexo é imperativo a par com o divertimento. A diferença em relação à adolescência é que já não há secundária, nem borbulhas, nem dramas. Selecciona-se o que é bom e esquece-se o que não interessa.
E como diz uma amiga minha “Se não me lembro é porque não aconteceu!”
TNT
"Tu é que tens a mania que és cool… na verdade és hot as chilli!"
Ora aqui está uma frase que me disseram hoje e que dificilmente esquecerei. O tema era sentimentos, emoções e a sua exposição.
TNT
Num jantar de amigos fala-se de promiscuidade. Aparentemente, cada pessoa tem a sua noção de promiscuidade, conforme os seus interesses. Na minha acepção, ser promíscuo é ser-se indefinido, incerto, misturar tudo e não decidir nada. É agradar a gregos e a troianos e fazer pactos com deus e com o diabo. É dizer-se de esquerda e votar à direita, é ser-se filiado no CDS e conselheiro de Francisco Louçã. É ter duas, três, quatro pessoas ao mesmo tempo, é saber gerir uma agenda de conflito com mestria de MBA. É ser-se católico praticante e adúltero. É caminhar de A para B e de B para A, fazendo algumas visitas guiadas ao resto do abecedário, incluindo o K, W e Y. E voltar para A. E depois para Z.
“És uma falsa promíscua” – diz-me o único homem presente na mesa.
Enganam-se. Não sou sequer promíscua. Não tenho coração nem estômago para isso. Sou observadora, estratega, caçadora e temerária. Faço o que digo. Digo o que faço.
Sou uma desbocada. Sou, talvez, doida. E não sou moralista. Não faço juízos. Não critico. Sou (quem sabe?) insustentavelmente leve.
TNT
Ao passear pelas redes sociais deste mundo virtual, verifico que as pessoas mostram os álbuns de família sem quaisquer pudores ou receios.
Da criancinha no bacio, à criancinha junto da escola devidamente identificada, da criancinha à porta de casa dos avós até à criancinha na praia de férias com a família, todos estes pormenores podem ser utilizados por mentes menos bem-intencionadas.
Sei que as pessoas têm imensa necessidade de se mostrarem. Imensa necessidade de protagonismo. Mas será que não podem reservar esse protagonismo para si próprias e deixarem as criancinhas em paz? Quando as ditas crianças crescerem logo decidirão se querem expor-se ao mundo inteiro. E, principalmente, quando já tiverem idade e físico para fugirem ou pregarem um par de murraças a quem as tente assediar.
Vejo grandes preocupações entre os pais, tios, avós em protegerem os petizes das suas famílias. “Não fales com A ou B, não aceites coisas de estranhos, vou buscar-te à escola às 16H00 em ponto, mas, entretanto, se não te importas, pespeguei uma foto tua na minha página na net com a legenda ‘Praia das Maçãs – as eternas férias em família’ a que podem aceder milhões de pessoas, algumas delas pedófilas. Não há problema, pois não?”.
Alguém me explica?
TNT
Esta coisa do casamento homossexual baralha-me um bocadinho. E não é só por ser entre pessoas do mesmo sexo. É mais o próprio casamento que me baralha.
Neste país de brandos costumes não há fim-de-semana que não sejamos acordados pelo som hediondo das buzinas que teimam em festejar o enlace de dois seres. E, para mim, não se põe o problema de ser entre dois homens, duas mulheres, um homem e uma mulher, uma mulher e um grand danois, um homem e um hamster.
O que realmente me perturba é gente que quer casar. E também me aborrece um bocadinho os nossos políticos, a quem pagamos os ordenados, investirem tempo nestas coisas da legislação do casamento homossexual. É que legislar casamentos cheira a naftalina que ferve!
Os homossexuais só querem casar porque não podem! Porque se pudessem - e se soubessem como é - fugiam do número de circo a sete pés. Com plumas e lantejoulas, mas fugiam.
As pessoas querem este assunto debatido e, de repente, os políticos que nunca tinham pensado nisto, são obrigados a fazê-lo. Oh, meus senhores… não se pode fazer tudo o que o povo quer! Até porque o povo não sabe o que quer, na maioria das vezes.
O povo precisa de orientação. O povo precisa de dinheiro. O povo precisa de ópio seja de que forma for. O que o povo não precisa é de casar.
TNT
. Casamento e outras bestia...